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Fintechs de investimento crescem na pandemia

Número de empresas teve alta de 67% no ano passado ante 2020; volume captado pelas companhias digitais saltou de R$ 8,9 bilhões para R$ 21 bilhões em 12 meses

16 jan 2022 - 17h07
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A pandemia ameaçou frear o desenvolvimento das startups brasileiras. Contudo, no meio da crise, fintechs nacionais encontraram oportunidades inéditas para crescer no novo cenário global.

De acordo com dados do recente relatório "2021 em Números: Ecossistema Brasileiro de Startups", produzido pela Sling Hub, o Brasil conta atualmente com 1.670 fintechs, o que representa um crescimento de 67% no número de empresas do setor em relação a 2020, quando as fintechs nacionais adquiriram um valor de captação de investimentos total de cerca de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,9 bilhões). Em 2021, esse valor aumentou em 143% e alcançou US$ 3,8 bilhões (R$ 21 bilhões).

"O rápido processo de digitalização que se deu nos últimos anos com a pandemia, fundamentalmente no mundo dos investimentos, fez com que as fintechs pudessem oferecer oportunidades novas para um público que não tinha acesso até então a esse tipo de soluções financeiras", disse Diego Perez, presidente da Associação Brasileira de Fintechs e sócio fundador da SMU Investimentos. "As novas plataformas digitais das fintechs que foram surgindo abriram as portas para que todas as pessoas, independentemente da sua renda, pudessem ter a chance de investir."

Crescimento

Uma das fintechs de investimentos que mais cresceram na pandemia foi a Warren. Fundada em 2017, a corretora de investimentos e gestora viu multiplicar o número de integrantes na sua equipe profissional e o valor do patrimônio gerenciado nos últimos dois anos - que, de acordo com Tito Gusmão, CEO e fundador da Warren, foram anos bastante complexos e de muito aprendizado. Até o começo de 2021, a empresa possuía cerca de R$ 3 bilhões de patrimônio sob gestão e, atualmente, segundo Gusmão, já tem R$ 20 bilhões.

Além disso, 80% da equipe atual da empresa, de 650 funcionários, foi contratada durante a pandemia, o que para o CEO significou um grande passo à frente, mas também um grande desafio.

"Para a construção de produto e cultura da empresa, esse processo de crescimento na pandemia é muito desafiador, principalmente se a empresa é muito jovem", disse. "Então, a gente sofreu bastante por não estarmos todos próximos, debaixo do mesmo teto, mas vencemos a batalha." l

Estadão
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