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Fed pode cortar juros se inflação continuar decepcionando, diz Bullard

22 mai 2019 - 08h51
(atualizado às 09h39)
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Mais fraqueza da inflação pode levar o Federal Reserve a cortar a taxa de juros, mesmo que o crescimento econômico mantenha seu ritmo, disse James Bullard, presidente do Federal Reserve de St. Louis, nesta quarta-feira.

Prédio do Federal Reserve em Washington (EUA) 
22/08/2018
REUTERS/Chris Wattie
Prédio do Federal Reserve em Washington (EUA) 22/08/2018 REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

O risco de o Fed não alcançar a meta de inflação de 2% e a guerra comercial foram os dois principais desafios macroeconômicos para o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), disse ele em uma apresentação preparada para uma audiência no Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong.

O Fed manteve a taxa de juros em maio, quando o chairman do banco central, Jerome Powell, disse que não havia "nenhum argumento forte" para um corte ou aumento nos juros.

Mas Bullard disse na quarta-feira que "um ajuste para baixo na taxa de juros - mesmo com desempenho econômico real relativamente bom - pode ajudar a manter a credibilidade da meta de inflação do Fomc".

"Um movimento desse tipo pode se tornar uma opção mais atraente se os dados da inflação continuarem a decepcionar", disse ele.

Bullard e Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, ambos membros votantes do Fomc, expressaram nos últimos dias preocupações sobre a dificuldade do Fed em alcançar sua meta. Bullard disse nesta quarta-feira que outra falha quanto à meta de inflação está no horizonte em 2019.

Bullard disse que qualquer ajuste de política monetária daqui para frente será em resposta aos dados recebidos, e não à continuação do processo de normalização dos juros, que parou no início deste ano, após 225 pontos básicos em aumentos.

Ele permaneceu otimista sobre as perspectivas de crescimento.

Bullard fez comparações com duas décadas e meia atrás - quando os juros aumentaram 300 pontos básicos, entre o início de 1994 e o início de 1995, e a economia ainda assim cresceu durante a segunda metade da década de 1990 - para enfatizar que a normalização da taxa de juros pode ser alcançada sem prejudicar as perspectivas de um longo período de crescimento.

A próxima reunião do Fomc será realizada em 18 de junho.

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