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Fed mantém taxa de juros após dados mostrarem economia saudável nos EUA

1 mai 2019 - 18h08
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O Federal Reserve manteve a taxa de juros nesta quarta-feira, à medida que os membros do banco central dos Estados Unidos se animaram com os números de emprego no país e com o crescimento econômico, mantendo a esperança de que a inflação subirá.

Chair do Federal Reserve fala a jornalistas após reunião de dois dias do órgão, em Washington. 1/5/2019. REUTERS/Yuri Gripas
Chair do Federal Reserve fala a jornalistas após reunião de dois dias do órgão, em Washington. 1/5/2019. REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

    "Achamos que nossa posição de política é apropriada para o momento; não vemos um argumento forte para nos movimentarmos em outra direção", disse o chair do Fed, Jerome Powell, a jornalistas após o fim da reunião de dois dias do órgão. "Vemos que estamos em um bom caminho para este ano".

Os membros do Fed disseram que a economia está em boa forma, com o crescimento contínuo do emprego e da economia, e um eventual aumento da inflação é ainda "o cenário mais provável", com a expansão dos EUA chegando a 10 anos.

"O mercado de trabalho continua forte ... a atividade econômica subiu a uma taxa sólida" nas últimas semanas, disse o Fed em comunicado, um dia depois de o presidente Donald Trump pedir redução das taxas em um ponto percentual e outras medidas para estimular a economia.

O Fed também cortou o juro que paga a bancos sobre as reservas excedentes de 2,4 para 2,35 por cento, em um esforço para garantir que sua principal taxa de empréstimo overnight permaneça dentro da faixa alvo atual.

    A principal preocupação sinalizada na declaração de política é o nível atualmente "silencioso" de inflação, que continua a ficar aquém da meta de 2 por cento do Fed. A declaração sugere que um declínio recente na inflação pode ser mais persistente do que o esperado, e não deve mais ser culpada simplesmente pela queda nos preços da energia.

    Os dados mais recentes mostraram inflação de cerca de 1,5 por cento anualizada, o que seria um problema se significasse que as famílias e as empresas têm dúvidas sobre a força da economia e estavam menos dispostas a gastar e investir.

    Powell disse a jornalistas que a queda no chamado núcleo da inflação deve-se principalmente a fatores transitórios, e previu que subiria novamente para a meta de 2 por cento.

"Se virmos a inflação persistentemente abaixo (da meta), isso é algo com que vamos nos preocupar e algo que vamos levar em conta ao estabelecer a política", disse.

Mas por ora a inflação baixa permite ao banco central ser "paciente" ao decidir sobre mudanças em sua taxa básica de juros, que ficou na faixa de 2,25 a 2,50 por cento, disse ele.

    Não houve indicação na declaração de política monetária do Fed de que um corte ou aumento da taxa esteja em jogo tão cedo.

    O Fed aumentou as taxas quatro vezes em 2018 e, em dezembro, antecipou novos aumentos nos custos de empréstimos este ano. No início deste ano, interrompeu a campanha diante das preocupações com dados fracos nos Estados Unidos e no exterior.

    A decisão política foi unânime, um sinal de que o Fed segue firme na promessa de manter a taxa de juro inalterada até que dados econômicos dêem razão convincente para fazer o contrário.

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