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FCStone vê safra de milho do Brasil 14,2% maior e recorde em soja

3 dez 2018 - 12h15
(atualizado às 12h33)
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A produção de milho do Brasil deve saltar 14,2 por cento na temporada 2018/19, puxada pela segunda safra, projetou nesta segunda-feira a INTL FCStone, que reafirmou sua expectativa por uma colheita recorde de soja no ciclo vigente.

Pilhas de milho fora de silos cheios do grão perto de Sorriso, no Estado do Mato Grosso
26/07/2017
REUTERS/Nacho Doce
Pilhas de milho fora de silos cheios do grão perto de Sorriso, no Estado do Mato Grosso 26/07/2017 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

Conforme a consultoria, o país produzirá 92,2 milhões de toneladas de milho em 2018/19, após 80,8 milhões em 2017/18, quando uma área menor e adversidades climáticas prejudicaram a cultura.

"No caso da primeira safra de milho 2018/19, houve um leve aumento da estimativa de produção, que ficou em 27,3 milhões de toneladas, uma variação de menos de 200 mil toneladas frente ao mês passado. Em relação ao ciclo passado, esse nível de produção representa um aumento de 1,7 por cento", afirmou a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.

De acordo com a consultoria, a produção maior no verão decorre de um aumento da produtividade estimada, que, na média do Brasil, passou de 5,22 para 5,26 toneladas por hectare.

"No Rio Grande do Sul, as condições das lavouras de milho estão muito positivas e a produtividade do Estado, que alterna com Minas Gerais no posto de maior produtor da safra de verão, foi elevada para 6,9 toneladas por hectare", destacou Ana Luiza.

Já para a segunda safra, colhida no inverno, a INTL FCStone aponta produção de 64,9 milhões de toneladas, considerando um aumento de área frente a 2017/18 e uma normalização da produtividade, após a quebra expressiva do ciclo anterior. Esse nível de produção representa aumento de 20 por cento no comparativo anual, disse a consultoria, em sua primeira estimativa para a chamada "safrinha".

A área plantada na segunda safra é estimada em 11,6 milhões de hectares pela consultoria, um aumento de 2,7 por cento em relação a 2017/18, em decorrência da expectativa de crescimento de área em Mato Grosso e Paraná, que deve ser favorecida pelo ciclo mais adiantado da soja.

"As exportações podem se recuperar em meio a uma oferta mais elevada, voltando a superar 30 milhões de toneladas. O consumo interno também deve continuar com tendência positiva, já que o Brasil é um dos maiores produtores de carne do mundo", disse Ana Luiza, prevendo vendas externas de 32 milhões de toneladas.

O Brasil deve fechar ano de 2018 com embarques de 22 milhões de toneladas de milho, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou nesta segunda-feira.

SOJA

Em fase final de plantio, a safra de soja do Brasil deve registrar um recorde de 120,2 milhões de tonelada, em 35,9 milhões de hectares plantados --estimativas praticamente estáveis ante a previsão anterior.

"As perspectivas, no geral, se mantêm positivas, mas o regime de chuvas é um ponto de atenção. Têm sido registrados volumes muito grandes de precipitação em todo o país, com previsões de que dezembro também seja um mês bastante chuvoso", alertou a INFL FCStone.

"Apesar de não se falar em perdas de produtividade, essas chuvas trazem preocupação quanto ao aumento de proliferação de doenças, além de dificultar os tratos culturais. Ademais, com dias muito nublados, a taxa de irradiação solar diminui. Dessa forma, nas próximas semanas o clima será acompanhado de perto, para se ter uma melhor definição do potencial produtivo da soja", finalizou.

A consultoria prevê que o Brasil embarque 75 milhões de toneladas de soja em 2018/19.

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