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FCStone eleva projeção de moagem de cana no Nordeste; vê maior produção de açúcar

11 out 2019 - 10h49
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A moagem de cana do Norte e Nordeste em 2019/20 terá um crescimento de 6,4% na comparação com a temporada anterior, para 51,1 milhões de toneladas, colaborando para um aumento na produção de açúcar e etanol, informou nesta sexta-feira a consultoria e corretora INTL FCStone.

REUTERS/Marcelo Teixeira
REUTERS/Marcelo Teixeira
Foto: Reuters

A projeção indica um crescimento de quase 1 milhão de toneladas na moagem de cana, na comparação com projeção divulgada em agosto, em meio a chuvas favoráveis na região que deve responder por menos de 10% da safra do país, concentrada no centro-sul, cuja estimativa de produção está sendo revisada.

Em agosto, a moagem de cana do Brasil havia sido estimada pela FCStone em 633,6 milhões de toneladas, o que seria uma alta de 2% ante o cilco anterior.[nE6N24Q01Z]

Chuvas desde meados de agosto nas Regiões Norte e Nordeste se mostraram favoráveis para a cultura --ao menos em relação a 2018--, o que deve ajudar o Brasil a colher um pouco mais que o esperado, em momento em que a safra do centro-sul está na reta final e a Nordeste está em fase inicial.

As precipitações registradas em agosto ao norte do país totalizaram 52,4 mm, crescimento anual de 33,6%, mas queda de 49% em relação à média de 10 anos. Para setembro, o volume ocorrido alcançou 38,2 mm (+43,3% e -39,1%, respectivamente), segundo a consultoria.

Com a maior umidade em relação ao ano passado, algumas usinas registraram atraso de duas a três semanas no início das atividades de campo, mas o "cultivo parece ter apresentado melhora expressiva".

"De forma geral, a produtividade agrícola deve compensar a menor concentração de açúcares nos colmos da cana. Por isso, estimamos que o ATR (Açúcar Total Recuperável) total fique em 6,7 milhões de toneladas, crescimento de 1,7% em relação ao número apresentado em agosto e de 5,5% frente ao observado na safra 2018/19", disse a consultoria.

Em relação à produção de açúcar, a consultoria apontou que as cotações globais voltaram a encontrar sustentação em meio às perspectivas de que o setor açucareiro global saia de um ciclo de superávit para um possível ciclo de déficit produtivo.

Assim, mesmo que o etanol continue sendo negociado em patamares elevados de preço, o diferencial em relação ao açúcar pode não se mostrar tão vantajoso como no ciclo anterior, observou.

"Considerando esse cenário, nós da INTL FCStone revisamos o mix açucareiro do Norte-Nordeste em cerca de +1,0 ponto percentual, para 42,9% --proporção que representa, também, alta de 0,8 p.p. ante a 2018/19."

Consequentemente, a produção do adoçante do Nordeste deve se posicionar em pouco mais de 2,7 milhões de toneladas, crescimento anual de 7,7% e de 4,2% no comparativo com a publicação de agosto.

Assim, a projeção de destilação de etanol em 2019/20 se manteve praticamente estável em relação a agosto, em pouco mais de 2,2 bilhões de litros, volume que representa alta de 4% frente à temporada anterior.

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