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Fazenda melhora projeção de alta do PIB a 3% em 2018 e 1,1% em 2017

14 dez 2017 - 11h54
(atualizado às 12h29)
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O Ministério da Fazenda melhorou sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 para alta de 3 por cento, sobre 2 por cento antes, divulgou o ministro da pasta, Henrique Meirelles, nesta quinta-feira, apontando que o cálculo foi embasado pelo aumento da confiança, investimento e consumo.

A nova previsão é mais otimista e vem bem depois de especialistas já terem revisado para cima seus cenários. A pesquisa Focus do Banco Central, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, mostra que as contas são de expansão de 2,62 por cento do PIB em 2018.

Para 2017, a expectativa do governo para a expansão do PIB também subiu, a 1,1 por cento, contra 0,5 por cento antes, disse Meirelles.

Segundo o ministro, a melhora levou em conta a continuidade do processo de desalavancagem das empresas, com redução de seu endividamento, além do ambiente de juros mais baixos, propiciado pela inflação em patamares reduzidos.

Na véspera, o Congresso Nacional aprovou projeto de Lei Orçamentária Anual de 2018 com crescimento de 2,5 por cento previsto para a atividade econômica.

A peça, contudo, leva em conta o benefício fiscal com medidas ainda não analisadas pelos parlamentares, como a mudança na tributação de fundos fechados, reoneração da folha de pagamento das empresas, adiamento do reajuste do funcionalismo público e aumento da contribuição previdenciária dos servidores.

Sem nenhuma dessas fontes de receita, o governo terá de bloquear 21,4 bilhões de reais do Orçamento em 2018, o que deverá ter impacto significativo sobre investimentos e no funcionamento da máquina pública.

Questionado sobre a viabilidade da aprovação ainda neste ano, visto que o sinal verde para o Orçamento deixa o caminho livre para os parlamentares já entrarem em recesso, Meirelles disse que tem "trabalhado duro" nos temas.

"Estamos fazendo reuniões constantes. Eu tenho reunião daqui a pouco sobre esse assunto (com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia) e certamente existem aí questões que têm que ser aprovadas este ano pela questão da anualidade", disse.

A alteração na tributação dos fundos fechados, por exemplo, deve necessariamente ser aprovada até o encerramento de 2017 para render 6 bilhões de reais à União no ano seguinte. Do contrário, a arrecadação extra só virá em 2019.

Independentemente do cenário, o ministro da Fazenda disse que o governo está comprometido e irá cumprir a meta fiscal do ano que vem, de rombo primário de 159 bilhões de reais para o governo central.

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