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Exportação de soja do Brasil caminha para alta no mês ante 2020; carne recua com China

18 out 2021 - 15h32
(atualizado às 17h35)
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As exportações brasileiras de soja devem encerrar outubro em alta, no comparativo anual, caso a média diária de embarques se mantenha até o fim do mês, enquanto as vendas externas de carne bovina podem recuar em meio à suspensão de compras da China.

Caminhão carrergado com soja em Mato Grosso
18/03/2004
REUTERS/Paulo Whitaker
Caminhão carrergado com soja em Mato Grosso 18/03/2004 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira mostram que a média diária de exportação de soja alcançou 206,79 mil toneladas até a terceira semana de outubro, alta de 70% ante 121,11 mil toneladas embarcadas ao dia no mesmo mês completo do ano passado.

Com isso, o Brasil --maior produtor e exportador global da oleaginosa-- enviou 2,067 milhões de toneladas de soja para o exterior no acumulado deste mês. O volume já se aproxima dos 2,422 milhões exportados em todo o mês de outubro de 2020, e esta marca pode ser superada ao longo da semana.

Vale ressaltar que a média de vendas externas de soja chegou a ser ainda maior, e atingiu 240,2 mil toneladas do grão por dia até a segunda semana do mês.

Na contramão, a média diária de embarques de carne bovina despencou para 4,57 mil toneladas, versus 8,13 mil em outubro de 2020, em meio à suspensão de vendas para a China após dois casos atípicos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "vaca louca", confirmados pelo Brasil no início de setembro.

O volume de proteína bovina exportado pelos brasileiros no acumulado do mês está em 45,69 mil toneladas, segundo a Secex, menos de um terço do total embarcado em outubro do ano passado, de 162,68 mil toneladas.

Caso a média diária se mantenha, o país terminará o mês em queda nas vendas externas de carne bovina ante 2020, quebrando um ciclo de dois recordes mensais consecutivos, obtidos em agosto e setembro. No mês passado, houve recorde mesmo diante da suspensão chinesa, pois cargas que já estavam certificadas antes da paralisação nos embarques foram enviadas ao país asiático.

Baseado em um caso de vaca louca ocorrido em 2019, que levou a uma suspensão de 13 dias pela China, o mercado brasileiro esperava que a paralisação de compras durasse cerca de 15 dias. Entretanto, novas vendas da proteína aos chineses seguem bloqueadas desde 4 de setembro.

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