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Exportação de carne suína do Brasil cresce 48% em julho com impulso da Ásia

10 ago 2020 - 14h46
(atualizado às 14h57)
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As exportações de carne suína do Brasil voltaram a superar a marca mensal de 100 mil toneladas em julho, novamente puxadas pela firme demanda asiática, disse nesta segunda-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Criação de porcos em Carambeí (PR) 
06/09/2018
REUTERS/Rodolfo Buhrer
Criação de porcos em Carambeí (PR) 06/09/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Foto: Reuters

Segundo a entidade, o volume embarcado dos produtos (in natura e processados), de 100,4 mil toneladas, é 47,9% superior ao de igual período do ano anterior. As receitas somaram 203,1 milhões de dólares no mês, alta de 37,3%.

Em maio, as exportações da proteína haviam ultrapassado o nível de 100 mil toneladas por mês pela primeira vez na história --na ocasião, o país embarcou pouco mais de 102 mil toneladas do produto, um recorde.

"As lacunas deixadas pela peste suína africana nos países asiáticos ainda impactam a demanda local por produtos importados, e o Brasil está consolidado como um fornecedor confiável para a região", disse em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra, referindo-se à doença que dizimou criações de suínos na Ásia, especialmente na China.

De acordo com os dados da associação, entre janeiro e julho as vendas brasileiras para a Ásia somaram 456 mil toneladas, alta de 82,9% na comparação anual e equivalente a 78,6% do total exportado pelo setor.

Ao todo, as vendas do setor cresceram 38,78% nos sete primeiros meses do ano, para 579,9 mil toneladas.

A China adquiriu 282,1 mil toneladas de carne suína do Brasil no período, avanço de 143% no ano a ano. O volume não inclui as exportações para Hong Kong, que apuraram alta de 17%, a 107,7 mil toneladas.

"Esse é um comportamento consistente no mercado asiático, que deve perdurar ao longo dos próximos meses", afirmou Turra.

CARNE DE FRANGO

Os embarques de carne de frango do Brasil, por sua vez, terminaram julho com queda de 5,7% em relação a mesmo mês do ano passado, totalizando 364,6 mil toneladas, segundo a ABPA.

As receitas atingiram 498,2 milhões de dólares, recuo de 25% no ano a ano.

Apesar disso, a ABPA ainda acredita que as exportações da proteína devam manter a alta no acumulado do ano --entre janeiro e julho, foram embarcadas 2,471 milhões de toneladas, leve avanço de 0,5% ante os sete primeiros meses de 2019.

"O volume exportado em julho deste ano foi acima da média efetivada em 2019, de 351 mil toneladas mensais. O comportamento mensal das exportações deste ano indica que a alta acumulada deverá se manter", disse o diretor-executivo da associação, Ricardo Santin.

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