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EXCLUSIVO-Glencore faz proposta por fatia da Vicentin em planta de soja na Argentina

7 abr 2020 - 10h23
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A Glencore fez uma proposta de 325 milhões de dólares por uma fatia minoritária na planta de processamento de soja argentina Renova, do grupo familiar Vincentin, disseram à Reuters duas fontes próximas às negociações.

Logo da Glencore 
30/09/2015
REUTERS/Arnd Wiegmann
Logo da Glencore 30/09/2015 REUTERS/Arnd Wiegmann
Foto: Reuters

A trading suíça de commodities fez uma oferta inicial que expirou ao final de março, segundo as fontes, e agora se prepara para renovar a proposta, embora a pandemia global de coronavírus possa impactar o processo.

Glencore e a Vincentin, que enfrenta uma crise financeira, recusaram-se a comentar.

A Renova, com 20 mil toneladas em capacidade de processamento diária, é uma das maiores plantas do mundo para esmagamento de soja, uma indústria crucial na Argentina. O país sul-americano é o principal exportador de ração feita a partir de soja utilizada para alimentar suínos e aves em mercados na Europa e na Ásia.

O setor, importante fornecedor de dólares para a Argentina por meio de exportações, é crítico em momento em que o país luta para pagar sua dívida em meio a uma recessão agravada pela pandemia.

A planta da Renova pertencia 50% à Glencore e 50% à Vincentin até a empresa argentina ter ficado sem recursos no ano passado. A Glencore então comprou uma fatia adicional de 16,7% na Renova em dezembro, levando seu total a 66,7%.

Agora, a Glencore busca comprar o restante da empresa.

A Vincentin, fundada em 1929, chegou a ser a maior exportadora de soja processada da Argentina. Ela parou de operar após não conseguir pagar dívidas, mas a Glencore continuou pagando empregados da Renova, em antecipação a uma eventual aquisição, disseram as fontes.

"A Glencore planeja renovar sua oferta à Vincentin pelas ações restantes da Renova", disse uma das fontes com conhecimento do assunto, que pediu para falar sob anonimato.

A Vincentin quebrou após uma expansão impulsionada por dívidas no ano passado, quando incertezas relacionadas à eleição presidencial na Argentina levaram a uma queda no mercado argentino e afastaram bancos internacionais do país, pressionando a companhia.

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