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Eventual governo de Marina começaria com reformas Tributária e da Previdência, diz Lara Resende

10 ago 2018 - 10h55
(atualizado às 13h28)
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A candidata à Presidência Marina Silva (Rede) iniciaria seu eventual governo com um programa de reformas Tributária e da Previdência, ao mesmo tempo em que romperia o chamado presidencialismo de coalizão que vigora desde 1998, disse nesta terça-feira o economista Andre Lara Resende.

Marina, em evento em Brasília 4/8/2018 REUTERS/Adriano Machado
Marina, em evento em Brasília 4/8/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Para ele, país precisa substituir o déficit fiscal por superávit primário da mesma magnitude, de cerca de 1,5 a 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), no curtíssimo prazo.

"A discussão hoje é preocupantemente focada em reformas que deveriam ter sido feitas no século passado", disse ele durante evento em São Paulo.

A questão tributária exige "simplificação" e "racionalização" e a Previdência precisa de uma abordagem que preveja equilíbrio atuarial, afirmou o ex-diretor do Banco Central, sem detalhar as propostas específicas para as questões.

O economista afirmou que é um "colaborador" do programa de governo de Marina na área econômica e que apresenta apenas o seu ponto de vista, ouvido pela candidata.

A aprovação das reformas pelo Congresso, porém, seria negociada de maneira diferente do que fizeram Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inacio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, na visão do economista.

"O passo número um é romper este pacto sobre o modo de fazer política", disse. "Chegamos aqui por causa deste pacto do presidencialismo de coalizão, do loteamento das áreas não essenciais por interesses corporativos e patrimonialistas."

Resende criticou alianças eleitorais com grupos de interesses corporativos e patrimonialistas, que estariam capturando o Estado, mas também não deu detalhes sobre como se daria a negociação com o Congresso para aprovar reformas.

Como exemplo de focos de captura do Estado por grupos tecnocráticos, Resende citou o Supremo Tribunal Federal (STF), o BC, o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda.

"O Supremo está inviabilizado... politizou-se o Supremo", afirmou.

Resende também criticou a reação do governo Lula à crise financeira de 2008. Segundo ele, era necessário estimular a economia via corte de juros e não por meio de gastos públicos, como foi feito. À época, o candidato do MDB, Henrique Meirelles, presidia a autoridade monetária.

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