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Evans, do Fed, vê redução de estímulo em breve e elevação de juros em 2023

27 set 2021 - 09h35
(atualizado às 11h44)
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A economia dos Estados Unidos atingirá em breve as condições do Federal Reserve para começar a reduzir seu programa de compras de títulos, disse nesta segunda-feira o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, mas a elevação de juros não será necessária antes do final de 2023.

Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans
27/02/2020.
 REUTERS/Edgard Garrido/File Photo
Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans 27/02/2020. REUTERS/Edgard Garrido/File Photo
Foto: Reuters

"Vejo a economia perto de atingir o requisito de 'mais progresso substancial' que adotamos em dezembro", disse Evans à conferência anual da National Association for Business Economics. "Se o fluxo de melhora do emprego continuar, parece provável que essas condições sejam atingidas em breve e que a redução de estímulos possa começar."

Essa visão está de acordo com a da maior parte das autoridades do Fed e também do chair, Jerome Powell, que na semana passada a economia norte-americana está a um relatório mensal de empregos "decente" de atender as condições para redução gradual do suporte monetário, que provavelmente começará em novembro.

As presidentes do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e de Kansas City, Esther George, disseram na semana passada que veem a economia já em forma boa o suficiente para que o banco central comece a retirar o suporte extraordinário.

Para Evans, no entanto, provavelmente levará mais dois anos até que a inflação esteja forte o suficiente para justificar aumento nos juros.

"Eu apresentei previsão de ... elevação (de juros) em 2023", disse Evans, referindo-se às previsões trimestrais que cada autoridade do Fed apresentou na semana passada.

Antes, Evans esperava o primeiro aumento da taxa básica de juros dos EUA no início de 2024, disse ele. Metade de seus colegas espera que os juros precisem começar a subir já no próximo ano.

O Fed tem mantido os juros próximos a zero desde março de 2020 e prometeu manter esse patamar até que a economia alcance o pleno emprego e a inflação chegue a 2% e esteja a caminho de ultrapassar esse nível por algum tempo.

"Estou mais preocupado em não gerarmos inflação suficiente em 2023 e 2024 do que com a possibilidade de vivermos com (inflação) demais", disse Evans.

Os problemas do lado da oferta que causaram um salto na inflação se dissiparão no próximo ano, e, mesmo que o desemprego caia para 3,5%, provavelmente não será suficiente para manter a inflação muito acima da meta de 2% do Fed, disse ele.

Evans fez um apelo para que outros formuladores de política monetária sejam mais agressivos em sua meta de inflação.

"Na minha opinião, para ancorar as expectativas de inflação de longo prazo em 2%, devemos estar dispostos a aceitar inflação razoavelmente acima de 2% durante a fase expansionista do ciclo para compensar as desacelerações que ocorreriam quase inevitavelmente" caso a economia encolhesse, disse Evans.

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