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Europa anuncia tarifa para importação de aço

Medidas de salvaguarda foram adotadas em resposta às taxas impostas pelos EUA; tarifa de 25% valerão por 200 dias para todos os países

18 jul 2018 - 21h38
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A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira, 18, medidas de salvaguarda provisórias sobre as importações de aço. O objetivo, segundo a Comissão Europeia, é evitar que o aço de outros países siga para o mercado do bloco, como resultado das tarifas recentemente impostas pelos Estados Unidos. "As importações tradicionais de produtos de aço não serão afetadas", afirmou a UE.

As salvaguardas entram em vigor nesta quinta, 19. Em comunicado, a comissária para Comércio da UE, Cecilia Malmström, disse que as tarifas americanas têm provocado mudanças nas rotas comerciais que podem resultar em "sério dano" para siderúrgicas e trabalhadores na Europa.

Ainda assim, ela argumenta que a decisão garante que o mercado da UE siga aberto. "Estou convencida de que isso garante o equilíbrio entre o interesse dos produtores e consumidores de aço da UE, como o setor automotivo e o de construção, que dependem de importações."

As medidas atingem 23 categorias de produtos de aço. "Tarifas de 25% serão impostas apenas quando as importações excederem a média de importações nos últimos três anos", explica a nota. As salvaguardas se aplicam a todos os países, com exceção de alguns em desenvolvimento. As tarifas ficam em vigor por no máximo 200 dias - a Comissão Europeia deve tomar a decisão final até o início de 2019.

Crítica. A decisão da UE já era esperada, com o avanço da guerra comercial entre EUA e China, segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes. "Os países estão a toque de caixa correndo para defenderem seus mercados e o Brasil está na contramão."

Ele disse que no início do ano a Camex chegou a aprovar medidas antidumping para laminados de aço, mas suspendeu sua aplicação por medo de retaliação da China - o governo chinês acabou impondo tarifas ao frango brasileiro de qualquer forma. / COLABOROU FERNANDA GUIMARÃES

Estadão
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