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EUA põem fim a isenções para a compra de petróleo iraniano

22 abr 2019 - 12h15
(atualizado às 12h39)
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Governo americano vinha permitindo que países como a China e a Turquia comprassem produto, mas isso vai mudar a partir de maio. Casa Branca afirma que objetivo é levar "exportações de petróleo do Irã a zero".Governo americano vinha permitindo que países como a China e a Turquia comprassem produto dos iranianos, mas isso vai mudar a partir de maio. Casa Branca afirma que objetivo é levar "exportações de petróleo do Irã a zero".

Uma refinaria próxima de Teerã. O petróleo é a principal fonte de receita do governo iraniano
Uma refinaria próxima de Teerã. O petróleo é a principal fonte de receita do governo iraniano
Foto: DW / Deutsche Welle

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (22/04) que não vai renovar em maio uma política de isenções que vinha permitindo que alguns países comprassem petróleo iraniano de forma limitada, apesar das sanções impostas por Washington ao regime de Teerã.

As isenções vinham sendo concedidas a oito compradores - China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Turquia, Itália e Grécia. Os americanos impuseram sanções ao Irã quando Trump decidiu retirar os EUA do acordo nuclear firmado em 2015 com Teerã, sob a alegação de que os iranianos não estavam respeitando as regras do tratado.

A medida deve ter efeitos maiores sobre cinco dos oito países do grupo, já que três que constavam na lista de isenções já tinham deixado de comprar petróleo do Irã em novembro passado (Itália, Grécia e Taiwan). "A decisão pretende levar as exportações de petróleo do Irã a zero, recusando-lhe a sua principal fonte de receitas", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Se desrespeitarem a proibição que vai passar a valer em maio, os países antes isentos ficarão sujeitos a sanções por parte dos EUA.

"A administração Trump e nossos aliados estão determinados a sustentar e expandir a campanha de máxima pressão econômica contra o Irã para pôr fim à atividade desestabilizadora do regime que ameaça os Estados Unidos e nossos parceiros e aliados, bem como a segurança no Oriente Médio" afirmou um comunicado da Casa Branca.

Para compensar a perda do petróleo iraniano, os EUA convenceram a Arábia Saudita e os Emirados Árabes a aumentarem sua produção. Segundo a Casa Branca, os dois países "concordaram em tomar medidas oportunas para garantir que a demanda global seja atendida, já que todo o petróleo iraniano será retirado do mercado".

Pelo Twitter, o presidente Trump também afirmou que a Arábia Saudita e outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) "vão fazer mais do que o necessário para garantir a diferença de fluxo do petróleo". Na mesma mensagem, o republicano criticou John Kerry, ex-secretário de Estado dos EUA, que durante governo de Barack Obama ajudou a costurar o acordo nuclear com os iranianos.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que, com a decisão, o governo do presidente Trump "está aumentando a campanha de pressão de maneira que cumpra com nossas metas de segurança nacional enquanto mantemos os mercados globais de petróleo bem abastecidos".

"Não haverá mais isenções além de 2 de maio. Ponto", ressaltou Pompeo em entrevista coletiva na sede do Departamento de Estado.

Após o anúncio, a Arábia Saudita disse que está disposta a "estabilizar" o mercado de petróleo após a decisão de Washington. "Riad continua comprometida com sua política consistente de estabilizar o mercado", disse o ministro da Energia saudita, Khaled al-Falih.

Jps/lusa/rt/ots/efe

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