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EUA não renovarão isenções a importadores de petróleo do Irã; preços saltam

22 abr 2019 - 11h22
(atualizado às 14h51)
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Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que vão eliminar em maio todas as isenções concedidas a oito economias que compram petróleo do Irã sem sanções, em uma medida que visa elevar a pressão para sufocar as receitas da República Islâmica.

Bandeira do Irã em plataforma petrolífera de Soroush
25/07/2005
REUTERS/Raheb Homavandi
Bandeira do Irã em plataforma petrolífera de Soroush 25/07/2005 REUTERS/Raheb Homavandi
Foto: Reuters

A decisão, tomada pelo presidente Donald Trump, elevou os preços do petróleo às máximas de 2019, embora a Casa Branca tenha dito que os EUA estão trabalhando com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para garantir que o mercado de petróleo seja "abastecido adequadamente".

As sanções foram impostas quando Washington pressionou o Irã a reduzir seu programa nuclear e deixar de apoiar militantes em todo o Oriente Médio.

O secretário de Estado Mike Pompeo reiterou nesta segunda-feira que o objetivo de Washington é derrubar as exportações de petróleo iraniano para zero e acrescentou que os Estados Unidos não têm planos de dar qualquer período de "carência" após 1º de maio.

"Hoje estou anunciando que não vamos mais conceder isenções", disse Pompeo em um comunicado. "Estamos indo para zero. Vamos zerar o placar."

Os preços do petróleo Brent trabalham em alta após tocarem mais cedo uma máxima de 74,31 dólares por barril, maior nível desde o início de novembro.

Os Estados Unidos voltaram a impor sanções em novembro às exportações de petróleo iraniano depois que Trump retirou-se unilateralmente de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências mundiais. Trump criticou frequentemente o acordo, alcançado pelo antecessor Barack Obama, como "o pior negócio de todos os tempos".

Juntamente com as sanções, Washington concedeu isenções a oito economias que reduziram suas compras de petróleo iraniano, permitindo que continuassem a comprá-lo sem incorrer em sanções por mais seis meses. Eram China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Turquia, Itália e Grécia.

Os Estados Unidos haviam discutido nos últimos dois meses se renovariam ou não algumas isenções, evitando um aumento nos preços do petróleo e dos combustíveis, o que poderia prejudicar os consumidores norte-americanos.

As exportações do Irã caíram para menos de 1 milhão de barris por dia, de mais de 2,5 milhões de bpd antes de as sanções serem reimpostas.

Nos últimos meses, a Arábia Saudita e outros membros da Opep reduziram drasticamente o suprimento. Enquanto o reino deve aumentar a produção novamente, os analistas temem que o movimento dos EUA --junto com as sanções à indústria petrolífera da Venezuela-- deixará o mundo com capacidade ociosa inadequada.

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