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EUA apoiam Brasil para entrada na OCDE no lugar da Argentina

15 jan 2020 - 07h35
(atualizado às 14h47)
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Os Estados Unidos planejam apoiar a proposta do Brasil de entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no lugar da Argentina, confirmou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, na noite de terça-feira.

Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante reunião bilateral às margens do G20 em Osaka, no Japão
28/06/2019
REUTERS/Kevin Lamarque
Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante reunião bilateral às margens do G20 em Osaka, no Japão 28/06/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Os planos do governo dos EUA, depois de ter dito anteriormente que queria que a Argentina fosse o próximo país a se juntar ao clube de nações mais ricas, é uma vitória para o governo do presidente Jair Bolsonaro, um admirador do presidente norte-americano, Donald Trump, e que busca laços mais próximos com Washington desde que assumiu o poder no ano passado.

"Anúncio americano de prioridade ao Brasil para ingresso na OCDE comprova uma vez mais que estamos construindo uma parceria sólida com os EUA, capaz de gerar resultados de curto, médio e longo prazo, em benefício da transformação do Brasil na grande nação que sempre quisemos ser", disse Araújo no Twitter.

Um representante do Departamento de Estado dos EUA confirmou nesta quarta-feira que o país quer que o Brasil se torne a próxima nação a começar o processo de entrada na OCDE.

"O governo brasileiro está trabalhando para alinhar suas políticas econômicas ao padrão da OCDE, enquanto prioriza a acessão à OCDE para reforçar as reformas econômicas", disse o porta-voz por email.

Apoiar a entrada do Brasil na OCDE era visto por muitos como um benefício tangível do alinhamento ideológico entre Bolsonaro e Trump, que tem buscado deixar para trás anos de disputas comerciais e desconfiança política entre os dois países para construir um relacionamento mais próximo.

A associação à OCDE é vista como um selo de aprovação que aumentaria a confiança dos investidores no governo e na economia do Brasil.

No entanto, a tentativa do Brasil de ingressar no clube vinha encontrando alguma resistência em Washington, e Bolsonaro ficou desapontado quando Trump não cumpriu inicialmente sua promessa de apoio ao Brasil e o país teve que se contentar com a vontade dos EUA de esperar a Argentina.

A eleição do presidente de esquerda argentino, Alberto Fernández, parece ter feito o Brasil subir na fila.

Mesmo assim, não é provável que a adesão seja imediata.

Em outubro, Bolsonaro disse que a adesão à OCDE era um processo prolongado e que o Brasil levaria até um ano e meio para se tornar membro. Na América Latina, apenas Chile e México estão no clube, enquanto a Colômbia está a caminho de ingressar em breve.

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