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EUA apoiam ampliação de parcela do fundo de crise do FMI, diz Mnuchin

12 abr 2019 - 12h30
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que os Estados Unidos se opõem a aumentar o financiamento global e as cotas de participação do Fundo Monetário Internacional, mas apoiam a ampliação parte do fundo de crise de 254 bilhões de dólares do FMI.

 Mnuchin, no Congresso dos EUA, em Washington 9/4/2019 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Mnuchin, no Congresso dos EUA, em Washington 9/4/2019 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Foto: Reuters

Em uma declaração na reunião do comitê de direção do FMI, Mnuchin disse que é importante que o Fundo mantenha recursos financeiros suficientes para responder a potenciais crises.

"Em nossa opinião, o FMI atualmente tem amplos recursos para cumprir sua missão, e os países também têm recursos complementares consideráveis no caso de uma crise emergir", disse Mnuchin em comunicado divulgado no site do FMI nesta sexta-feira. Os líderes financeiros globais e banqueiros centrais se reuniram em Washington para encontros do FMI e do Banco Mundial.

"Assim, não vemos a necessidade de um aumento de cota neste momento e apoiamos o fechamento da 15ª Revisão Geral de Cotas assim que possível."

O último aumento de cota do FMI foi acordado em 2010, aumentando a participação e a influência dos principais mercados emergentes, incluindo a China e o Brasil.

O FMI tem uma capacidade total atual de empréstimo de cerca de 1 trilhão de dólares, incluindo o fundo de crise New Arrangements to Borrow, que foi expandido em 2009 durante a última crise financeira.

Esse fundo deve expirar em novembro de 2022.

"Estamos ansiosos para trabalhar em estreita colaboração com o FMI e outros membros para identificar opções para estender uma parte desses recursos emprestados e que o FMI possa manter os recursos adequados para cumprir sua missão", disse Mnuchin, acrescentando que os Estados Unidos apoiam a existência de um "prazo razoável" para a próxima revisão de cotas.

Mnuchin também disse que o FMI deve trabalhar para promover a transparência e a sustentabilidade da dívida. Mnuchin e outras autoridades do Departamento do Tesouro dos EUA, incluindo David Malpass, que começou esta semana como presidente do Banco Mundial, têm sido altamente críticos em relação aos empréstimos da China aos mercados emergentes por meio de seu programa de infraestrutura "Belt and Road".

A declaração de Mnuchin não destacou a China, mas ele disse: "Cada vez mais, as práticas de empréstimos indefinidos ou insustentáveis enfraquecem a confiança do investidor, corroem a governança e a prestação de contas e criam um obstáculo ao crescimento econômico."

Ele disse que o FMI deve promover uma maior transparência no endividamento de todos os credores em seus programas, estabelecendo uma nova referência para futuros programas.

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