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Equador corta ministérios e aumenta preço da gasolina para enfrentar crise econômica

Presidente equatoriano, Lenín Moreno, anunciou novo pacote de austeridade para vencer turbulência econômica no país deixada pelo seu antecessor, Rafael Correa

22 ago 2018 - 01h18
(atualizado às 05h09)
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QUITO - O governo do Equador cortará 20 instituições federais, incluindo sete ministérios, e aumentará o preço da gasolina para combater a crise econômica do país, informou o presidente equatoriano, Lenín Moreno, em pronunciamento nesta terça-feira, 21. O novo pacote, diz o mandatário, também prevê mudanças na política de subsídios de combustíveis, tema sensível que já despertou protestos pelo país.

"Vamos apertar ainda mais o cinto do Executivo", disse Moreno, acompanhado do Secretário Geral da Presidência, Eduardo Jurado, e do Ministro de Finanças, Richard Martínez.

O pacote de austeridade eliminará 20 instituições federais, incluindo o Ministério da Justiça e a Secretaria de Comunicação do governo, que serão incorporadas em outras pastas da administração. Além disso, o preço da gasolina 'super', a mais cara do mercado, subirá 20%, saltando de US$ 2,48 para US$ 2,98. Outra medida é o fechamento das embaixadas da Bielorrússia, Angola, Argélia e outros oito consulados.

"Também otimizaremos o subsídio ao diesel para setor empresarial", informou Jurado, especificando que o plano não contempla as transportadoras. De acordo com o secretário, os "subsídios em combustíveis custam ao Equador mais de 3 bilhões de dólares".

Ministros do governo também serão atingidos pelos cortes. Serviços de telefonia para o alto escalão deixarão de ser pagos e os serviços de segurança serão suspensos para todos que não possuem cargos considerados de risco. Além disso, Moreno venderá cerca de mil veículos do Executivo e proibirá empresas estatais de contratar diretamente obras ou serviços.

De acordo com o ministro Martínez, o corte de gasto permitirá ao governo economizar 1 bilhão de dólares anuais durante a crise econômica.

O plano de medidas também buscará reaquecer o setor produtivo ao conceder crédito de 1,3 bilhão de dólares para os setores de construção, agrícola e pequenas e médias empresas.

O governo afirma que as reformas são necessárias para resolver a situação do Equador após o "excessivo endividamento" do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que deixou o país com uma dívida de 60% do PIB equatoriano. A medida tem objetivo de reduzir o déficit fiscal do Equador para 1% até 2021, fim do mandato de Moreno na presidência. //AFP, ASSOCIATED PRESS

Estadão
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