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Entrega da produção nacional de adubo caiu de 35% em 2006 para 11,6% em 2020

4 ago 2021 - 13h59
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São Paulo, 4 - O diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Ricardo Tortorella, disse nesta quarta-feira que a participação da produção nacional de fertilizantes nas entregas vem recuando e ao fim de 2020 chegou a 11,6%. Em 2015 era de 23,6% e em 2006, 35%, conforme dados apresentados por Tortorella na 2ª edição do Datagro Abertura de Safra Grãos - soja, milho e algodão, realizada de forma online no período da manhã.

O executivo comentou que o País iniciou 2021 com um estoque de fertilizantes de 6,2 milhões de toneladas, 8,7% menor do que os 6,789 milhões de toneladas no início de 2020.

Tortorella informou que as entregas de fertilizantes em março somaram 2,572 milhões de toneladas, alta de 37,2% ante 1,875 milhão de toneladas em igual mês do ano passado.

No primeiro trimestre, foram 9,012 milhões de toneladas entregues ao mercado, 20,3% mais do que no período correspondente de 2020. A produção em março foi de 540 mil toneladas, 1,3% menor do que em março do ano passado, e no primeiro trimestre somou 1,494 milhão de toneladas, 11,1% abaixo do volume de 1,680 milhão de toneladas de janeiro a março de 2020.

As importações de fertilizantes intermediários em março também recuaram na comparação anual, 6,3%, totalizando 1,735 milhão de toneladas, mas no acumulado de janeiro a março o volume importado cresceu 23,4%, atingindo 6,970 milhões de toneladas.

"Enquanto a produção nacional de janeiro a março caiu 11,1%, a importação cresceu 23,4%", reforçou Tortorella.

"O ritmo de vendas de adubos foi muito forte no primeiro trimestre, com a relação de troca (entre adubos e produtos agrícolas) favorável ao produtor, e compras de fertilizantes vêm sendo antecipadas (para os próximos plantios)", comentou o executivo.

Tortorella afirmou, ainda, que o governo está atento ao aumento das importações e que por isso criou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), montando um grupo de trabalho interministerial destinado a buscar soluções para equilibrar as importações e a produção nacional de adubos. "O Brasil nunca será autossuficiente em fertilizantes mas é possível buscar equilíbrio entre a produção nacional e os importados", ressaltou.

Estadão
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