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Empresas francesas amargam prejuízo milionário com protestos de 'coletes amarelos'

10 jan 2019 - 17h18
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Empresas francesas revelaram nesta semana cerca de 60 milhões de euros de negócios perdidos na esteira dos protestos contra o governo que atingem o país, o que pode ser prejudicial para as redes de supermercados Casino e Carrefour.

Protesto dos 'coletes amarelos' em Paris, França, 05/01/2019. REUTERS/Gonzalo Fuentes
Protesto dos 'coletes amarelos' em Paris, França, 05/01/2019. REUTERS/Gonzalo Fuentes
Foto: Reuters

As ações da varejistas FNAC Darty recuaram nesta quinta-feira, após a companhia estimar impacto de cerca de 45 milhões de euros na receita devido ao fechamento de lojas em meio aos protestos e ao menor fluxo de clientes.

Sem sinais de término das manifestações, a Air France KLM informou que os tumultos reduziram suas vendas em 15 milhões de euros, um número relativamente pequeno para a aérea, mas suficiente para empurrar as ações para baixo.

O movimento "coletes amarelos", assim batizado em homenagem às jaquetas fluorescentes que todos os motoristas franceses carregam em seus veículos, começou em meados de novembro como uma manifestação contra impostos sobre o diesel. Desde então, contudo, tornou-se uma reação mais ampla contra o governo.

Os protestos têm sido marcados por violência, o que levou distritos de compras e áreas turísticas a fecharem em alguns fins de semana.

"O impacto será sentido primeiro e principalmente pelas companhias com presença física nas ruas, como a FNAC Darty. Mas outras também serão impactadas, como o grupo de hotéis Accor, uma vez que os 'coletes amarelos' têm sido contrários ao turismo em Paris", disse Meriem Mokdad, gestor de fundos na Roche Brune Asset Management.

A associação de varejo na França, conhecida como FCD, que representa supermercados e lojas de departamento, estima uma perda de receita de cerca de 2 bilhões de euros entre novembro e dezembro.

Jerome Schupp, gestor de recursos do grupo suíço Prime Partners, afirmou que devido aos riscos decorrentes dos protestos daria preferência a companhias internacionais em vez daquelas expostas à economia francesa, como Casino e Carrefour.

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