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Embrapa e Nestlé firmam parceria para pecuária leiteira de baixo carbo

3 mar 2021 - 08h40
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A Nestlé e a Embrapa fecharam parceria para o desenvolvimento do primeiro protocolo nacional para pecuária de leite de baixo carbono. Segundo informam as empresas em nota, a iniciativa envolve o desenvolvimento de guias e materiais com orientações para os produtores, além de uma calculadora que mostrará o balanço de carbono equivalente de cada uma das propriedades leiteiras. O protocolo vai avaliar questões como manejo do solo, transporte, manejo e alimentação dos animais, manejo dos dejetos, entre outros.

Ainda neste ano, as empresas devem lançar um projeto piloto para desenvolver as primeiras fazendas de leite NETZERO no País. De acordo com a Nestlé, a iniciativa integra a meta global da companhia de neutralizar todas as emissões de suas operações, incluindo suas cadeias de fornecimento, até 2050, com metas de redução de 20% até 2025 e de 50% até 2030.

No comunicado, a Nestlé informa que, desde 2018, realiza a medição da pegada ecológica das fazendas leiteiras no Brasil. O projeto segundo a empresa já gerou resultados positivos de redução de emissões por litro de leite produzido nos últimos dois anos. A ferramenta, no entanto, utiliza indicadores globais sem foco em climas tropicais. "Atualmente, não existe nenhuma ferramenta que consiga mensurar de forma realista e adaptada para a realidade brasileira as emissões geradas em propriedades leiteiras", afirma a gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Qualidade da Nestlé Brasil, Barbara Sollero.

Para o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), a produção de leite de baixo carbono é um objetivo ousado. "Para se chegar ao leite de baixo carbono é preciso adotar diferentes tecnologias, boas práticas de manejo na fazenda, nutrição, estrutura de rebanho e uso de sistemas integrados e florestas plantadas. O protocolo envolverá ações coordenadas para que os produtores incorporem na fazenda ferramentas e práticas sustentáveis de produção", disse Berndt.

Estadão
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