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Embraer mantém discussões, mas parceria com a Boeing não é vital, diz CEO

4 abr 2018 - 12h51
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O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou nesta quarta-feira que uma parceria da empresa com a Boeing não é vital para o futuro da fabricante brasileira de aviões, embora siga discutindo com a norte-americana um modelo de aliança que possa ser aceito por todas as partes envolvidas, incluindo o governo brasileiro.

Logomarca da Embraer SA na sede da empresa em São José dos Campos. 28/02/ 2018. REUTERS/Roosevelt Cassio
Logomarca da Embraer SA na sede da empresa em São José dos Campos. 28/02/ 2018. REUTERS/Roosevelt Cassio
Foto: Reuters

"A Embraer está sólida, uma das poucas empresas do Brasil com grau de investimento. A parceria com a Boeing não é vital para a Embraer", afirmou o executivo durante cerimônia de entrega do primeiro avião da nova família de jatos de passageiros, um E2 190, para a companhia aérea norueguesa Widerøe.

O executivo afirmou que uma eventual parceria com a Boeing é "uma operação complexa" e que a empresa esta mantendo discussões com o grupo técnico montado pelo governo brasileiro para "buscar alternativas" para um modelo de parceria com a norte-americana.

No início do ano, o presidente da Embraer chegou a comentar que esperava um resultado das negociações ainda neste semestre, mas desta vez evitou fazer previsões.

"A operação precisa do conforto de todas as partes, do governo (brasileiro), da Boeing e da Embraer para que atenda todas as partes...Precisamos achar um formato que seja bom para todas as partes...A operação é complexa e pode levar mais tempo."

Ele, porém, negou que a proximidade do processo eleitoral no Brasil seja um obstáculo para as negociações.

Questionado se a Embraer estaria aberta a ofertas de concorrentes da Boeing, Silva afirmou que a indústria de aviação é dinâmica e complexa, "temos que estar atentos aos movimentos estratégicos. Caso haja alguma coisa que nos interesse, vamos avaliar."

JATOS E2

O presidente da Embraer disse que a nova família de jatos E2 será o futuro da empresa e permitirá a entrada em novos mercados.

"A Embraer vai ser mais forte e entrar em novos mercados com os jatos E2", disse Silva.

A aeronave modelo E2 190, entregue nesta quarta-feira, começará a voar para a Widerøe em 24 de abril. A empresa fez pedido de até 15 E2, dos quais três firmes para o 190 e o restante em direitos de compra. O valor total do pedido, incluindo todos os direitos, é de cerca de 873 milhões de dólares.

Silva afirmou que em 2019 a Embraer vai entregar o modelo 195 da família E2 para a companhia aérea brasileira Azul.

Sobre a campanha de venda de aviões da nova família para a norte-americana Jetblue, o executivo afirmou que está "muito otimista".

"Estamos muito engajados e bastante otimistas porque o 190 atual é um sucesso para a Jetblue...O 195 E2 é um pouco maior, com 32 assentos a mais. A Jetblue tem hoje cerca de 65 190 e deve ser por volta disso o pedido deles."

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