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Embraer afirma que tentará reverter suspensão de assembleia

Juiz Federal, Victorio Giuzio Neto, da 24.ª Vara Cível Federal de São Paulo, concedeu liminar

25 fev 2019 - 11h01
(atualizado às 11h51)
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A Embraer informou nesta segunda-feira, 25, que tomou conhecimento da liminar que suspende a realização da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para esta terça-fera, 26, e que "tomará todas as medidas judiciais cabíveis para reverter a referida decisão".

Na sexta-feira, 22, o juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24.ª Vara Cível Federal de São Paulo, concedeu liminar para suspender a AGE da Embraer que irá votar a proposta de fusão da empresa com a Boeing, "até que as irregularidades legais apontadas sejam esclarecidas".

Logo da Embraer com bandeira do Brasil ao fundo
Logo da Embraer com bandeira do Brasil ao fundo
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O caso

A decisão é relativa a uma ação civil pública movida por diversas entidades sindicais - como o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região - e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sindicalistas temem demissões em massa na companhia.

A ação movida pelos sindicatos pede que seja declarada a nulidade do negócio entre as duas empresas, por suposta violação às garantias previstas na golden share detida pelo governo federal. A ação especial exige que o Estado brasileiro conceda seu aval a operações relevantes na companhia. Essa autorização, porém, já foi dada pelo governo.

"Não se visualiza nesta decisão qualquer ameaça ou comprometimento da economia do País (...), na medida que (a sentença) busca conservar uma situação que se encontra consolidada no tempo", aponta o juiz.

Termos

A fusão da Embraer com a Boeing, acertada em julho do ano passado, foi aprovada pelo governo Jair Bolsonaro no último mês de janeiro. O acordo prevê a venda de 80% da área de jatos comerciais da brasileira à americana, mediante o pagamento de US$ 4,2 bilhões (cerca de R$ 15,8 bilhões).

O contrato determina a criação de uma nova companhia, na qual a Boeing terá 80% de participação e a brasileira, 20%. As áreas de defesa e de aviões executivos continuarão com a Embraer. O acordo entre as partes também determina que a Embraer terá, como sócia minoritária, impacto limitado nas decisões da nova joint venture. A cadeira concedida à brasileira no conselho de administração do novo negócio terá caráter consultivo, sem poder de veto.

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Estadão
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