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Em 75 anos, atividades de comércio e serviços mais do que triplicaram, diz CNC

2 dez 2020 - 12h28
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De 1947 aos dias de hoje, a participação do setor de serviços na composição do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 55,7% para em torno de 74%, mostra um estudo da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta quarta-feira, 2, para marcar os 75 anos da entidade.

Incluído no PIB de serviços, o comércio perdeu participação ao longo das décadas. Em 1947, a atividade comercial respondia por 16,3% do PIB total, enquanto hoje representa 13,7%.

Em nota, a CNC explica que, entre 1945 e 1960, as atividades de comércio e serviços "mais que triplicaram de tamanho, graças à evolução da renda e do consumo no período".

Mais tarde, na década de 1980, "com o descontrole da inflação e as mudanças estruturais no ambiente de negócios, os serviços se descolaram amplamente do comércio, no que diz respeito ao desempenho". Conforme o estudo da CNC, de 1981 a 1989, o setor de serviços cresceu a uma taxa três vezes superior à do comércio (respectivamente, 31,6% e 10,5%).

"Nas décadas seguintes, até 2020, os altos e baixos da economia, aliados à ampliação da participação dos serviços no cotidiano da população - com o desenvolvimento da tecnologia, das comunicações e do turismo, entre outros - consolidaram o aumento da fatia dos serviços no PIB e o recuo do comércio", diz a nota da CNC.

O crescimento da participação do setor de serviços na economia no Brasil reflete uma tendência global, associada desenvolvimento tecnológico sofisticado em serviços financeiros, de saúde e de comunicação, ressalta a CNC.

Já o comércio tradicional fica mais sujeito ao vaivém da atividade econômica e à capacidade de consumo da população. Mais recentemente, o avanço tecnológico misturou as atividades, num movimento, em alguns casos, impulsionado por mudanças de comportamento por causa da pandemia de covid-19.

"As transformações foram aceleradas nas duas últimas décadas, e desde abril, com a pandemia, estamos vivenciando uma mudança radical. O comércio físico vem perdendo lugar para o e-commerce, lojas virtuais e marketplaces, enquanto os serviços agregados à nova economia têm crescido", diz, na nota da CNC, o economista Antonio Everton Chaves, responsável pelo estudo.

Estadão
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