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Elétrica francesa EDF deverá ser nacionalizada, diz premiê; ações disparam

6 jul 2022 - 13h35
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O governo francês planeja nacionalizar totalmente a EDF, anunciou a primeira-ministra Elisabeth Borne nesta quarta-feira, provocando uma forte alta das ações da companhia de energia endividada.

"Confirmo a vocês hoje que o Estado pretende controlar 100% do capital da EDF", disse Borne em seu discurso na câmara baixa do parlamento, ao definir as prioridades de seu governo.

A EDF, da qual o Estado já possui 84%, enfrenta atrasos e estouros de orçamento na construção de novas usinas nucleares na França e no Reino Unido, bem como problemas de corrosão em alguns de seus reatores antigos.

Metade de seus reatores na França estão atualmente inativos.

A EDF também foi prejudicada por regras impostas pelo governo que a obrigam a vender energia a rivais com desconto, enquanto os preços atingem recordes.

A empresa estimou que as perdas de produção reduzirão os lucros em 18,5 bilhões de euros e as vendas de energia com desconto custarão 10,2 bilhões de euros. Sua dívida deve aumentar 40% este ano, para mais de 61 bilhões de euros.

A opção de nacionalizar totalmente a EDF foi sinalizada pelo presidente Emmanuel Macron no início deste ano, já que ele pretende fazer da empresa o pilar principal de um plano de investimento maciço em novos reatores nucleares.

Borne não especificou se a nacionalização seria feita por meio de legislação especial ou por meio de compra da participação de acionistas minoritários, nem forneceu um prazo.

As ações do grupo EDF, que caíam 5% antes do anúncio, passaram a subir até 9% logo depois.  

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