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"Está deixando os outros trabalharem", diz Gerdau sobre Bolsonaro

Empresário elogiou os trabalhos dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas

20 ago 2019 - 22h20
(atualizado às 23h17)
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O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, principal executivo da indústria nacional do aço e ex-guru do governo Dilma Rousseff, minimizou as polêmicas causadas por declarações do presidente Jair Bolsonaro e fez uma avaliação positiva da condução do governo na área econômica e de infraestrutura.

Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro.
Foto: Cláudio Reis / Frame Photo / Estadão

Gerdau, que no primeiro mandato de Dilma presidia a chamada "Câmara de gestão, desempenho e competitividade da Presidência da República" e despachava dentro do Palácio do Planalto até 2014, avalia que a agenda privatizante do governo, as concessões de infraestrutura e as reformas tocadas pelo Congresso devem ser as ações prioritárias e que devem liderar as discussões.

O empresário elogiou os trabalhos dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, mas ponderou que não vê a retomada do crescimento no curto prazo. "Essas ações e reformas estão criando as condições para o Brasil, mas não é uma pernada, de um dia para o outro, que tudo se resolve. Os resultados acontecem gradativamente", comentou.

Perguntado se aprovava o trabalho de Bolsonaro, o empresário foi mais econômico na avaliação. "Ele está deixando os outros trabalharem", comentou, rindo.

Gerdau participou do Congresso Aço Brasil, principal evento do setor no País, realizado nesta terça e quarta-feira, em Brasília. O empresário é um dos principais patrocinadores do encontro anual. A abertura do evento contou a participação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Nesta quinta, é aguardada a presença de Jair Bolsonaro.

Em seu discurso de abertura, Onyx disse que o País vai crescer e destacou os "valores da família", dizendo que a principal meta do governo será entregar "pessoas melhores". Bento destacou que o setor elétrico está entre os de maior interesse dos investidores estrangeiros.

O executivo Sergio Leite de Andrade, presidente do conselho diretor do Aço Brasil e presidente executivo da Usiminas, destacou a necessidade do governo encaminhar a reforma tributária no Congresso e criticou a importação do aço feita pelo Brasil. Mencionou, inclusive, que o governo brasileiro já chegou a contratar profissionais de outros países no setor, em vez de apoiar a indústria nacional.

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Estadão
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