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El-Erian: surpresas foram para mim o que não aconteceu no Brasil

27 nov 2020 - 23h04
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O conselheiro econômico chefe da Allianz, Mohamed A. El-Erian, disse ter ficado surpreso com o que não aconteceu no Brasil face ao comportamento do juro e do câmbio recentemente, lembrando ter sido um grande investidor do País, enquanto gestor do fundo Pimco, no início dos anos 2000 e que, recorrentemente ouvia que o juro nunca cairia abaixo de dois dígitos.

"As duas grandes surpresas para mim no Brasil foi o que não aconteceu: quando a taxa de juro caiu não houve colapso total da intermediação financeira. O segundo, seria inimaginável para o Brasil ver sua moeda chegar perto de R$ 6,00 e não haver uma crise em qualquer lugar", comentou durante o Congresso de Mercado de Capitais da Anbima e B3.

El-Erian afirmou ainda que a habilidade do País de sobreviver a esta "incrível" flutuação dos últimos 12 meses, de abaixo R$ 4,00 para perto de R$ 6,00, sem nada haver sido rompido é muito significante. "Acho que o Brasil se beneficiou das condições globais, mesmo que os investidores não estivessem aqui", disse.

Segundo ele, o Brasil não sabe se vender e se comunicar, o que é importante. "O Brasil surpreende em termos de desempenho econômico, mas o quanto ouvimos sobre isso? Zero", afirmou.

Estadão
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