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Economistas veem rombo primário um pouco melhor em 2018, aponta Fazenda

Cálculos indicam folga de R$ 18 bilhões no déficit primário do ano; relação entre dívida pública e PIB deve se manter na casa dos 76%, considerada estável pelo mercado, mostra relatório da Fazenda

13 set 2018 - 12h56
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BRASÍLIA - O mercado melhorou novamente a projeção para o rombo primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2018, com folga de quase R$ 18 bilhões em relação à meta estabelecida para o ano, apontou relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira, 13, pelo Ministério da Fazenda.

Segundo mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a estimativa agora é de déficit primário de R$ 141,039 bilhões em 2018, melhor que o saldo negativo de R$ 148,172 bilhões calculado antes.

A projeção, com isso, passa a embutir sobra ainda maior em relação à meta fixada pelo governo, de rombo de R$ 159 bilhões. Membros da própria equipe econômica vêm ressaltando que o dado deve fechar 2018 melhor que o esperado, ajudado por bilionários recursos empoçados em ministérios.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, justificou que embora o dinheiro tenha sido liberado para pagamento, não está sendo executado pelas pastas por uma série de amarras e vinculações. Em agosto, ele estimou economia de R$ 14,5 bilhões nessa frente.

Para 2019, a projeção dos economistas passou a ser de déficit primário de R$ 123,808 bilhões, com pouca alteração em relação ao patamar de R$ 123,288 bilhões visto no mês anterior, informou o Prisma.

O resultado também segue dentro da meta de saldo negativo em R$ 139 bilhões para o ano, no que será o sexto consecutivo que o País não consegue economizar para pagar juros da dívida pública.

Em relação à dívida bruta, as contas ficaram praticamente estáveis. Para 2018, os economistas calcularam em 76,10% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 76% anteriormente. Para o ano que vem, estimaram que subirá a 78,12% do PIB, sobre 78,09 % visto antes.

Estadão
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