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Economistas passam a ver crescimento do PIB em 2019 abaixo de 2% pela primeira vez

1 abr 2019 - 09h56
(atualizado em 2/4/2019 às 09h23)
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O mercado voltou a reduzir as expectativas para a atividade econômica brasileira na Pesquisa Focus desta segunda-feira, com a estimativa para este ano indo abaixo de 2 por cento pela primeira vez.

Fila de pessoas em busca de oportunidade de emprego em São Paulo
26/03/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Fila de pessoas em busca de oportunidade de emprego em São Paulo 26/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 caiu a 1,98 por cento no levantamento divulgado nesta semana, ante 2,00 por cento na semana anterior. Para 2020 também houve piora do cenário, com a expansão passando a ser estimada em 2,75 por cento, de 2,78 por cento.

O resultado acontece na esteira da piora das perspectivas para a produção industrial, com os economistas consultados calculando crescimento de 2,50 por cento em 2019, contra 2,57 por cento antes. Para 2020 a expectativa de aumento da produção industrial foi mantida em 3 por cento.

Na semana passada, o BC piorou sua projeção de crescimento do PIB em 2019 a 2,0 por cento, contra 2,4 por cento antes, citando a fraqueza observada na atividade no fim do ano passado, consequências da tragédia de Brumadinho (MG) e menor perspectiva para a safra agrícola neste ano.

Para a inflação, permanecem no Focus as contas de alta do IPCA de 3,89 por cento este ano e de 4,00 no próximo. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Também não mudaram as expectativas de que a taxa básica de juros Selic terminará este ano no atual piso histórico de 6,5 por cento, indo a 7,50 por cento em 2020. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, prevê o mesmo cenário.

Na reunião de política monetária de março, quando manteve os juros, o BC indicou que, diante da retomada econômica abaixo da esperada, o balanço de riscos para a inflação passou a ter pesos iguais tanto para cima quanto para baixo, o que tirou o impedimento explícito que o BC vinha apontando para eventualmente diminuir os juros à frente.

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