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Dólar tem 5ª alta seguida e renova maior nível em 26 meses

17 mai 2018 - 17h06
(atualizado às 17h50)
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Notas de dólar dos Estados Unidos
14/11/2014
REUTERS/Gary Cameron
Notas de dólar dos Estados Unidos 14/11/2014 REUTERS/Gary Cameron
Foto: Reuters

O dólar não conseguiu sustentar a queda da abertura, em resposta à manutenção da Selic em 6,50% ao ano definida na véspera pelo Banco Central, e terminou mais uma sessão, a quinta seguida, com valorização e na casa de R$ 3,70, o maior nível em mais de dois anos.

O dólar avançou 0,62%, a R$ 3,7012 na venda, maior nível desde os R$ 3,7391 de 16 de março de 2016. Foi o quinto pregão em alta, período no qual acumulou elevação de 4,39%.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,7141, ajudada por um movimento de stop loss. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,70%.

"A decisão do BC foi acertada, mas o dólar está com a dinâmica das moedas lá fora", comentou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.

No cenário internacional, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.

O rendimento do Treasury dos Estados Unidos de 10 anos também subia e se mantinha acima do nível de 3% nesta sessão, já a 3,10%. Os investidores têm reforçado suas apostas de mais altas de juros no país este ano, depois de dados firmes sobre a economia norte-americana.

Pelo menos no início deste pregão, o dólar chegou a recuar, batendo R$ 3,6438 na mínima. O BC surpreendeu na noite passada ao manter a Selic em 6,50% ao ano, contrariando as apostas majoritárias de novo corte de 0,25 ponto percentual.

Mas o movimento durou pouco. Para Gonin, a manutenção da Selic pode não ser suficiente para segurar os recursos aplicados no Brasil diante da perspectiva de alta de juros mais firme este ano nos Estados Unidos.

O BC vendeu a oferta integral de até 4.225 de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho. Dessa forma, já rolou US$ 3,96 bilhões do total de US$ 5,650 bilhões que vencem mês que vem.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

A autoridade já vendeu 5 mil novos contratos de swap, totalizando US$ 1 bilhão em quatro dias de leilões.

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