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Dólar ronda estabilidade ante real em meio a apetite por risco no exterior e foco na Previdência

5 fev 2019 - 10h32
(atualizado às 12h05)
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O dólar rondava a estabilidade ante o real nesta terça-feira, em meio a um ambiente de maior apetite por risco no exterior e com foco na reforma da Previdência, tema da reunião ministerial desta terça-feira.

Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 12:03, o dólar recuava 0,11 por cento, a 3,6688 reais na venda, depois de encerrar na véspera com alta de 0,29 por cento, a 3,6728 reais.

O dólar futuro tinha variação positiva de 0,05 por cento.

A reforma da Previdência é o tema da reunião ministerial desta terça-feira, que, na ausência de Bolsonaro, será presidida vice-presidente, Hamilton Mourão. O encontro ocorre a partir das 9h, no Palácio do Planalto.

Na segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo publicou em seu site reportagem citando uma minuta preliminar da proposta de reforma da Previdência, prevendo, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem no Brasil.

No fim do dia, o secretário especial da Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, se pronunciou, dizendo que o texto veiculado é apenas uma das propostas que estão sob análise do governo.

Mourão também se pronunciou após o vazamento, afirmando que ao próprio presidente Bolsonaro não agrada a ideia de ter idades mínimas iguais para homens e mulheres.

Na avaliação de alguns participantes do mercado, a dissonância nas falas de membros do governo começa a dar sinais de um desgaste, que, ainda que de forma extremamente sutil, pode alimentar um novo ceticismo no mercado com relação à reforma.

Segundo o gerente de câmbio da Icap Corretora, Italo Abucater, já é certo que haverá uma reforma da Previdência, o que está em aberto, na verdade, são os cortes e mudanças que o texto proposto pelo governo sofrerá na tramitação.

"Ela (reforma da Previdência) vai vir por uma questão de necessidade. A questão é sobre como o mercado vai precificar os cortes que virão. Esses cortes, de que forma ficariam dentro da original? Aí sim o mercado vai reagir", afirmou.

No lado externo, o mercado aguarda o discurso de Estado da União que Trump fará na noite desta terça-feira, em que deve fazer pressão sobre o muro na fronteira com o México, além de tocar pontos de política externa, como Venezuela e negociações comerciais entre EUA e China.

Uma sinalização favorável de Trump no que diz respeito a comércio pode alimentar o apetite por risco, que vem sendo moderadamente impulsionado por dados fortes de emprego nos EUA e uma abordagem mais moderada do Federal Reserve.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,549 bilhão de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

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