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Dólar tem leve alta ante real aguardando Previdência e seguindo cautela no exterior

8 fev 2019 - 10h43
(atualizado às 15h55)
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O dólar operava com leve alta frente ao real no pregão desta sexta-feira, aguardando avanços nas negociações para Previdência e seguindo a cautela do exterior, com temores sobre desaceleração no crescimento econômico global e pouca perspectiva de resolução na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

 REUTERS/Ricardo Moraes
REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 15:50, o dólar avançava 0,58 por cento, a 3,7323 reais na venda, após fechar com acréscimo de 0,12 por cento, a 3,7108 reais, na véspera.

O dólar futuro operava com variação negativa de cerca de 0,1 por cento.

A moeda passou a operar com um pouco mais de força frente ao real por volta das 14h, acompanhando o exterior, onde houve uma piora nos índices acionários dos Estados Unidos relacionada ao ceticismo sobre o acordo comercial entre EUA e China.

Após pregão de ajuste na véspera, quando calibraram apostas sobre a reforma da Previdência, investidores voltam ao compasso de espera, baseados na percepção de que só haverá uma definição quando o presidente Jair Bolsonaro retornar a Brasília.

No fim da tarde de quinta-feira, o porta-voz da Presidência informou que Bolsonaro contraiu pneumonia durante a recuperação da cirurgia de reversão da colostomia, o que deve adiar ainda mais sua alta.

"Não há nenhuma grande novidade, o que tem é um certo desconforto com relação à saúde de Bolsonaro que pode atrasar a composição política pra fazer a reforma", afirmou o estrategista de renda fixa da Coinvalores Corretora, Paulo Celso Nepumoceno.

"É preciso de um apoio para a reforma acontecer e com uma demora um pouco maior, com ele (Bolsonaro) mais afastado da linha de frente, pode atrasar um pouco a coalizão que o governo precisa formar", avaliou.

No exterior, o mercado observa novos desdobramentos na guerra comercial entre EUA e China. A Casa Branca confirmou que conversas de alto nível entre representantes serão retomadas em Pequim nos dias 14 e 15 de fevereiro.

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes do prazo de 1º de março determinado pelos dois países para chegar a um acordo comercial.

A fala de Trump pesa contra as expectativas de que os dois países possam fechar acordo antes da data limite.

Também na quinta-feira, dados mostraram uma queda na produção industrial da Alemanha em dezembro, o quarto recuo consecutivo, o que reforçou temores de investidores de que a economia mais forte da Europa pode estar rumando para uma recessão.

Já a Comissão Europeia reduziu suas estimativas para o crescimento econômico da zona do euro neste e no próximo ano, provocando preocupações de que a desaceleração global está se espalhando para a Europa.

O BC brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 3,099 bilhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

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