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Dólar tem pouca variação ante o real de olho em Previdência e expectativas sobre EUA-China

18 jan 2019 - 10h39
(atualizado às 12h57)
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O dólar operava com pouca variação ante o real no pregão desta sexta-feira, em meio a expectativas renovadas no exterior em torno das questões comerciais entre Estados Unidos e China e com as atenções voltadas a informações sobre a reforma da Previdência no cenário nacional.

Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro, Brasil
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro, Brasil 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 12:52, o dólar recuava 0,23 por cento, a 3,7390 reais na venda, após terminar a sessão anterior em alta de 0,36 por cento, a 3,7475 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,3 por cento.

"O que a gente vê é o mercado trabalhando sob a influência do lado externo, com relação a se fecha ou não o acordo dos Estados Unidos com a China, com Theresa May voltando à estaca zero com o Brexit, e a questão do aço na União Europeia", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Na guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado voltou a olhar com otimismo para as negociações comerciais entre os dois países, cujo próximo encontro está previsto para o final de janeiro.

Segundo o Wall Street Journal, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, discutiu suspender algumas ou todas as tarifas impostas às importações chinesas e sugeriu colocar isso na mesa no encontro do dia 30. A notícia impulsionava os mercados externos, apesar de um porta-voz do Tesouro ter negado a informação.

Do lado externo, Galhardo citou também o crescente protecionismo ao redor do mundo, como a decisão da UE de limitar a importação de aço até julho de 2021. O movimento, segundo ele, freia a possibilidade de uma recuperação mais rápida na economia brasileira.

"Esse protecionismo acaba afetando o nosso produto maior, de exportação de commodities, e isso acaba de uma forma ou de outra tirando um pouco a possibilidade de uma recuperação mais rápida na economia do país, nosso tempo para recuperação acaba sendo maior", afirmou, acrescentando que "o mercado está se protegendo".

No cenário interno, investidores seguem na expectativa de informações mais contudentes sobre a reforma da Previdência.

Uma fonte disse na quinta-feira que a proposta de Previdência que será apresentada pelo governo terá um tempo de transição maior que 12 anos, mas menor do que os 20 anos do texto submetido ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer.

No entanto, uma definição mesmo deve vir só após a viagem do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Fórum Econômico Mundial, que acontece entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 8,71 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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