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Dólar tem leves oscilações ante real de olho em exterior e BC

21 jun 2018 - 11h42
(atualizado às 13h33)
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O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta quinta-feira, em meio a preocupações sobre intensificação do conflito comercial entre Estados Unidos e China e com o mercado de olho na cena política local.

Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

A atuação do Banco Central seguia pairando sobre o mercado de câmbio, já que prometeu injetar até 10 bilhões de dólares em swap cambial tradicional nesta semana.

Às 11:59, o dólar avançava 0,27 por cento, a 3,7929 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1 por cento. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,40 por cento.

"Tem a possibilidade de o BC fazer os leilões de swap, mas tem o político local pesando", afirmou o sócio da Onnix Corretora, Vanderlei Muniz. "O exterior também está sendo bem acompanhado", acrescentou.

O BC realizou leilão de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho, vendidos integralmente. Assim, já rolou 6,6 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence no mês que vem. Se mantiver e vender esse volume até o final do mês, fará rolagem integral.

E, quando o dólar bateu na máxima do dia de 3,80 reais, a autoridade monetária chamou outro leilão, ofertando e vendendo integralmente 20 mil novos swaps, o que reduziu o movimento de alta da moeda norte-americana. Com isso, já injetou o equivalente a 3 bilhões de dólares em swaps, do total de 10 bilhões de dólares prometido.

"Acredito que o BC deve ficar só olhando quando o dólar estiver entre 3,75 e 3,80 reais, deixando o mercado se ajustar sozinho", afirmou Muniz.

O cenário político doméstico vem sendo acompanhado de perto pelos investidores, diante da dificuldade de candidatos que considerem mais comprometidos com o ajuste fiscal de subirem nas pesquisas de intenção de voto.

Outra preocupação era o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode colocar em liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o dia 26. Nessa situação, ele seria um forte cabo eleitoral, podendo desequilibrar a disputa em favor de candidatos que menos agradam aos investidores.

No mercado externo, o dólar operava em leve queda ante uma cesta de moedas e misto ante as divisas de países emergentes, com o mercado de olho nas notícias sobre a intensificação do conflito comercial entre Estados Unidos e China, com temores de que uma disputa mais séria seja inflacionária para a economia norte-americano, levando o banco central do país a apertar mais as taxas de juros.

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