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Dólar tem leves oscilações ante real com BC e exterior

11 jun 2018 - 10h37
(atualizado às 10h52)
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O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, após o Banco Central anunciar intervenção no mercado, ofuscando a influência externa e a tentativa de correção ao tombo de mais de 5 por cento da última sessão.

Notas de dólar
13/02/2018
REUTERS/Jose Luis Gonzalez/Illustration
Notas de dólar 13/02/2018 REUTERS/Jose Luis Gonzalez/Illustration
Foto: Reuters

Às 10:35, o dólar avançava 0,29 por cento, a 3,7174 reais na venda, depois de despencar 5,59 por cento na sexta-feira, maior queda em quase 10 anos.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,7309 reais e, na mínima, a 3,6932 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,20 por cento.

O BC conseguia conter alta mais expressiva do dólar após anunciar nesta manhã leilão de até 50 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, nesta sessão. Vendeu integralmente a oferta, de 2,5 bilhões de dólares, somando neste mês 13,116 bilhões de dólares em novos swaps.

Diferentemente do que vinha fazendo, o BC não anunciou no pregão anterior, quando o dólar despencou sobre o real, leilão de novos swaps cambiais para a sessão seguinte. Ele vinha ofertando diariamente até 15 mil novos contratos desde 21 de maio passado e, de 14 a 18 de maio, o BC também tinha feito oferta extra, mas de até 5 mil contratos novos.

"Ele (o BC) não pode dar previsibilidade porque cria uma banda, um teto e um piso, e mercado fica esperando", disse o gestor de derivativos de uma corretora local.

Após a forte disparada do dólar e das taxas de juros futuros, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse na quinta-feira passada que o órgão ofereceria mais 20 bilhões de dólares em novos swaps até o fim desta semana.

No pregão passado, assim, vendeu integralmente o lote de até 15 mil novos swaps, e também a oferta integral de até 60 mil contratos, dentro dessa nova estratégia.

O BC também fará agora leilão de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho.

"Serão 20 bilhões de dólares até sexta-feira, isso pode ajudar o dólar a cair um pouco mais, até 3,65 reais, 3,60 reais, no máximo. Mas o dólar só vai ficar mais fraco aqui se o Fed não trouxer surpresas", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior, ao lembrar que haverá reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano nesta semana, em meio a expectativas no mercado de que possa elevar mais do que o esperado os juros na maior economia do mundo.

Por ora, as apostas ainda são majoritárias para três altas de juros este ano, a segunda esperada para esta semana. Mas os indicadores recentes podem levar o Fed a indicar que pode ampliar o passo, o que tem potencial para atrair aos EUA recursos hoje aplicado em outras praças, como a brasileira.

No exterior, o dólar operava praticamente estável ante a cesta, mas subia ante as divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

"O clima não é favorável para o dólar cair", afirmou , acrescentou Faria Júnior.

A cena política também continuava no radar dos mercados nesta sessão. Pesquisa Datafolha divulgada na véspera, no entanto, acabou servindo para trazer alguma calma aos agentes.

O levantamento mostrou que o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) liderava a corrida presidencial quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece na disputa, seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede), mas a maior fatia do eleitorado se diz sem candidato.

Também mostrou que, que nos cenários sem Lula, Marina variava de 14 a 15 por cento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscilava entre 10 e 11 por cento, o tucano Geraldo Alckmin tinha 7 por cento e senador Alvaro Dias (Podemos), 4 por cento.

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