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Dólar tem leves oscilações ante real antes de pesquisa eleitoral

18 set 2018 - 11h25
(atualizado às 14h28)
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O dólar tinha leves oscilações ante o real nesta terça-feira, com alguma correção após o forte recuo da véspera, enquanto investidores aguardam pesquisa eleitoral Ibope à noite, mas sem tirar o exterior do foco, onde os EUA anunciaram que vão adotar tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses.

Notas de reais e dólares em foto ilustrativa
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em foto ilustrativa 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 11:55, o dólar avançava 0,42 por cento, a 4,1427 reais na venda, depois de terminar a véspera com queda de 1 por cento, a 4,1252 reais. O dólar futuro cedia 0,05 por cento.

"O mercado já vê com bons olhos um segundo turno entre Bolsonaro e PT, porque há grandes chances de ele vencer", comentou o operador Jefferson Laatus, sócio da LAATUS Educacional, ponderando, entretanto, que o movimento da véspera foi um pouco exagerado "e o mercado tentava corrigir um pouco nesta sessão".

Na segunda-feira, o dólar recuou ante o real após pesquisa CNT/MDA mostrar o fortalecimento de Bolsonaro no segundo turno.

Investidores preferem candidatos mais comprometidos com o ajuste das contas públicas e sua primeira opção é o tucano Geraldo Alckmin. Mas como ele não tem conseguido avançar nas pesquisas, o mercado já tem aceitado Bolsonaro como uma opção a candidatos com perfil mais à esquerda.

"Ciro Gomes não está morto ainda (na disputa) e o risco de no segundo turno ter um (candidato com viés) de esquerda que não seja o PT existe", acrescentou Lattus, ao ponderar que, neste cenário, Ciro, candidato do PDT, é mais forte para derrubar Bolsonaro.

Além da pesquisa Ibope prevista para a noite desta terça-feira, a semana ainda inclui levantamentos Datafolha (quinta-feira) e XP/Ipespe (sexta-feira).

Enquanto os números não vêm, o cenário externo também era acompanhado nesta sessão, após os Estados Unidos elevarem as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos da China a partir de 24 de setembro, de 10 por cento, alíquota que subirá a 25 por cento no final do ano.

As medidas entretanto, já eram esperadas e, desta forma, as moedas de países emergentes, se fortaleciam ante o dólar, enquanto a moeda norte-americana tinha leve baixa ante a cesta de divisas mais fortes.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 5,995 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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