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Dólar tem leve queda com ajustes, atento a exterior e política doméstica

6 jun 2019 - 18h12
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Depois de forte alta da véspera, o dólar mostrou acomodação nesta quinta-feira, com analistas à espera novidades da cena política local.

Mulher passa pela frente de corretora de câmbio, no Rio de Janeiro.  4/4/2019. REUTERS/Pilar Olivares
Mulher passa pela frente de corretora de câmbio, no Rio de Janeiro. 4/4/2019. REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

O dia positivo no exterior amparou leve queda da moeda norte-americana no mercado à vista, enquanto no segmento futuro a taxa de câmbio ficou perto da estabilidade.

A aparente divergência ocorreu porque na quarta-feira, com o mercado à vista fechado, a taxa no mercado futuro desacelerou. Com isso, o mercado futuro teve nesta sessão menos apetite por vendas, por já ter terminado o dia anterior em nível mais baixo.

Já o dólar à vista se ajustou "com atraso" à perda de fôlego do dólar futuro ocorrida na véspera.

O dólar no mercado interbancário fechou em queda de 0,33%, a 3,8826 reais na venda.

Na véspera, a cotação havia subido 1,00%.

Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha leve alta de 0,1% nesta quinta-feira, para 3,8920 reais.

De forma geral, o mercado evitou grandes movimentações em meio a expectativa pelo resultado do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre exigência de aval do Congresso e de realização de licitação pública nas operações de alienação do controle acionário de estatais.

Uma votação favorável é bem vista pelo mercado, uma que facilitaria a execução da agenda de concessões e privatizações do governo, o que poderia atrair fluxo de capital ao Brasil.

O dólar tem se enfraquecido ante o real nas últimas semanas. Desde a máxima de 20 de maio, a moeda acumula queda de 5,4%.

Segundo Bernardo Zerbini, corresponsável pela área macro da AZ Quest, pela primeira vez em muito tempo uma série de fatores volta a ser favorável ao real.

"O diferencial de juros contra os Estados Unidos voltou a melhorar, o cenário político aqui desanuviou, e a posição técnica estava sugerindo recuperação no câmbio", disse o executivo da gestora que tem cerca de 18 bilhões de reais sob gestão.

Zerbini evitou dizer para onde o dólar, mas considerou que a tendência é que o real supere seus pares.

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