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CORREÇÃO: Ruídos políticos permanecem e dólar avança contra real, com discurso de Trump no radar

12 nov 2019 - 09h11
(atualizado às 12h51)
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O dólar operava em alta contra o real nesta terça-feira, ainda sentindo a repercussão dos ruídos políticos da semana passada, com os investidores à espera de um discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve oferecer pistas sobre o avanço de sua guerra comercial contra a China.

14/10/2015
REUTERS/Guadalupe Pardo
14/10/2015 REUTERS/Guadalupe Pardo
Foto: Reuters

Às 10:32, o dólar avançava 0,72%, a 4,1727 reais na venda.

Na véspera, o dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, a 4,1428 reais, a maior queda em duas semanas frente ao real, sofrendo ajuste após registrar na semana passada a maior alta semanal em 14 meses.

Nesta terça-feira, o dólar futuro de maior liquidez registrava queda de 0,30%, a 4,170 reais.

"Há o reflexo do discurso um pouco agressivo do Lula", disse Jaime Ferreira, diretor de câmbio da Intercam Corretora, sobre o movimento da moeda norte-americana nesta terça-feira. "A partir do momento em que o STF promulgou a decisão sobre a prisão em segunda instância, o mercado ficou mais insistente nessa questão, e neste momento vamos ter um pouco mais de pressão."

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi libertado na sexta-feira da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde estava preso desde abril do ano passado, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após condenação em segunda instância.

A corte decidiu que, para que a pena de prisão comece a ser cumprida, é necessário que todos os recursos possíveis estejam esgotados, o chamado trânsito em julgado.

Ao deixar o prédio da Polícia Federal, Lula fez um discurso duro, em que questionou a legitimidade da eleição de Jair Bolsonaro, e fez ataques ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e ao coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Buscando sinais de progresso na prolongada guerra comercial entre Estados Unidos e China, nesta sessão os investidores também estavam atentos a um discurso do presidente norte-americano Donald Trump, que falará ao Clube Econômico de Nova York sobre sua política comercial.

"Sempre que o Trump fala de comércio, ele tem a definição na mão", comentou Ferreira. "Se ele falar de um acordo, o mercado ficará mais tranquilo, e, se não falar, pode ficar ainda mais pressionado."

O cenário externo era de força da moeda norte-americana em meio à expectativa sobre o discurso de Trump, com o índice do dólar em relação às principais moedas avançando 0,15%.

As moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o peso mexicano, registravam quedas contra a divisa dos Estados Unidos.

O Banco Central não vendeu contratos de swap cambial reverso nem dólares à vista nesta terça-feira, de oferta de até 12 mil e 600 milhões, respectivamente.

Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro 2020.

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