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Dólar tem fraqueza ante maioria das divisas emergentes com acordo USMCA

1 out 2018 - 18h29
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O dólar recuou nesta segunda-feira, 1, ante a maioria das moedas emergentes depois que os EUA e o Canadá chegaram a um acordo comercial, que dá lugar também ao México, chamado de USMCA, em substituição ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Ante moedas fortes, o dólar operou próximo a estabilidade, com destaque para alta ante o euro em mais um dia de preocupações com a Itália.

O dólar se enfraqueceu contra os outros dois signatários do acordo renovado, uma vez que os investidores encararam o acordo como uma boa notícia para as economias mexicana e canadense. O pacto também elimina parte da tensão em torno do comércio global - e poderia oferecer um modelo de como os EUA abordam conflitos semelhantes com Europa, Japão e China, disseram analistas. No final dos negócios em Nova York, o dólar caía a 1,2804 dólar canadense, de 1,2929 dólar canadense na sexta-feira.

Discórdia entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, havia levantado preocupações sobre se as partes poderiam chegar a um acordo até domingo, que era o prazo para chegar a um acordo.

A deterioração do clima para o comércio global tem sido um dos fatores que sustentam a surpreendente força da moeda norte-americana desde o início deste ano, com os investidores migrando para a segurança da moeda mundial, já que as crescentes tensões comerciais ameaçam diminuir o ritmo do mercado global e o crescimento econômico.

O acordo remove "uma grande bolha de incerteza" que estava pairando sobre as cabeças dos investidores, disse Brian Daingerfield, macroestrategista da NatWest Markets.

Outro destaque entre moedas emergentes está o peso argentino, que avançou mais de 4%, com o dólar fechando abaixo dos 40 pesos, após o Banco Central da Argentina anunciar na sexta-feira a elevação de sua taxa básica de juros de 60% para 65% e detalhar novas diretrizes para a política monetária, com o objetivo de emissão monetária zero até junho.

Na avaliação da consultoria Continuum Economics, o peso continuará sob pressão nos primeiros dias do novo regime, mas deve retornar ao patamar de 40 pesos por dólar "após o choque". A consultoria aponta, de qualquer modo, que continuam as dúvidas sobre o cenário para a dívida argentina após 2019. O dólar caiu a 39,4810 pesos, de 41,2950 no fim da tarde da sexta-feira.

Ante moedas fortes, o dólar foi apoiado por ganhos em relação à libra esterlina a maior parte do tempo, já que autoridades do Reino Unido questionaram o que eles disseram ser um tratamento desrespeitoso da primeira-ministra Theresa May pelos líderes da União Europeia. Algumas autoridades do Reino Unido disseram que estariam dispostas a permitir que o Brexit acontecesse, conforme programado, sem qualquer acordo quanto a seus termos. No final dos negócios, porém, a libra subiu a US$ 1,3040, de US$ 1,3032.

Já o euro recuou ainda em meio a preocupações com a Itália. O país está tentando tranquilizar seus parceiros da zona do euro em relação aos planos do governo de Giuseppe Conte para aumentar os gastos do governo, que receberam recepção negativa nos mercados financeiros e deixaram outros governos preocupados com as finanças públicas do país. O euro recuou a US$ 1,1579, de US$ 1,1610 de sexta-feira.(Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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