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Dólar tem alta generalizada, enquanto libra e lira turca batem mínimas

6 ago 2018 - 18h02
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O dólar operou em alta generalizada ao redor do mundo nesta segunda-feira, 6, em meio à escalada das tensões entre Estados Unidos e China e na expectativa pela inflação norte-americana, que será divulgada na sexta-feira e pode alterar as perspectivas para a taxa de juros.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar avançava para 111,41 ienes, ao passo que o euro recuava para US$ 1,1555. O índice do dólar DXY, que mede a divisa americana ante outras seis moedas fortes, tinha alta de 0,23%.

No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu em seu Twitter que as tarifas contra a China "estão indo muito bem". Já nesta segunda, o jornal estatal chinês Global Times afirmou em editorial que o governo de Pequim está preparado para uma guerra comercial "prolongada" com os EUA, se preciso.

Em solo europeu, o cenário instável pressionou também a libra, mas desta vez por incertezas em relação às negociações do Brexit. O secretário de Comércio Internacional britânico, Liam Fox, afirmou ao Sunday Times que havia 60% de chance de não haver acordo entre as partes, logo depois que presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, disse na sexta-feira que o risco de não haver acordo era "desconfortavelmente alto".

Com as declarações, a libra chegou a operar nas mínimas em 11 meses ante o dólar. Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, a divisa britânica era cotada em US$ 1,2944. "Apesar de já ter caído muito em relação ao dólar, provavelmente a libra cairá muito mais se os medos de um 'não acordo' se materializarem", destacam os analistas da Capital Economics.

Já nos emergentes, a divisa turca bateu mínima histórica em relação à moeda americana, chegando ao nível de 5,0734 liras turcas por dólar. Perto do horário de fechamento em Nova York, a cotação era de 5,3194 liras por dólar. Além do quadro inflacionário e do temor de ingerência política sobre o banco central da Turquia, as tensões entre o país euro-asiático e o norte-americano pressionam a divisa turca.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no fim de semana que determinou o congelamento de ativos de duas graduadas autoridades dos EUA, após sanções americanas. Mais tarde, o banco central turco anunciou uma medida que, segundo a instituição, deve elevar a liquidez para os bancos em cerca de US$ 2,2 bilhões. Segundo o BC, o limite superior de um mecanismo de opções de reserva cambial foi reduzido de 45% para 40%.

Estadão
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