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Dólar supera R$4,15 e bate máximas em duas semanas com incertezas locais, atenção a juros

15 out 2019 - 15h21
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O dólar ia às máximas em cerca de duas semanas contra o real nesta terça-feira, com a moeda brasileira mais uma vez entre as de pior desempenho nos mercados globais de câmbio, em meio a incertezas domésticas e à menor atratividade do real como moeda de rendimento.

REUTERS/Gary Cameron
REUTERS/Gary Cameron
Foto: Reuters

Na máxima do dia, batida às 11h11, a cotação alcançou 4,1548 reais na venda, maior patamar intradia desde 2 de outubro. Às 14h47, o dólar à vista subia 0,48%, a 4,1484 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,56%, a 4,1535 reais.

O real revezava com o peso colombiano o título de moeda com pior desempenho nesta sessão, num dia de relativa força do dólar contra emergentes.

A performance mais fraca da divisa brasileira neste pregão dava sequência a movimento similar visto desde meados da semana passada, quando o mercado fortaleceu apostas de corte da Selic depois de o Brasil ter registrado inesperada deflação em setembro.

Com isso, cresce a perspectiva de que o retorno das aplicações em real diminua, o que desestimula atração de capital para a renda fixa, o que impõe pressão de desvalorização sobre a taxa de câmbio.

"O ciclo de cortes de juros no Brasil é um risco de primeira ordem à força do real", disseram em nota Kamakshya Trivedi e Davide Crosilla, estrategistas do Goldman Sachs. Eles ainda mantêm recomendação comprada (apostando na alta) em real, mas financiada não em dólar ou euro, mas em peso chileno --numa indicação da fragilidade de apostas na moeda doméstica.

"De forma geral, os riscos às posições compradas em real aumentaram e as notícias positivas de China-EUA diminuíram algumas pressões sobre o peso chileno", afirmaram.

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