Dólar cai 1,1% ante real na semana com mercado menos tenso sobre Previdência
O dólar fechou esta sexta-feira em alta moderada frente ao real, mas acumulou queda na semana, refletindo a melhora da percepção de risco relacionada à articulação do governo com o Congresso em torno da reforma da Previdência.
A moeda norte-americana avançou 0,40 por cento nesta sessão, a 3,873 reais na venda, com investidores recompondo posições buscando proteção antes do fim de semana.
"Essa compra defensiva é um movimento típico, porque nunca se sabe o que pode sair com o mercado fechado. Mas de forma geral o cenário melhorou", disse Jaime Ferreira, diretor de câmbio da Intercam.
Na B3, a referência do dólar futuro tinha alta de 0,52 por cento no fim da tarde desta sexta-feira, a 3,8790 reais.
Mas no acumulado da semana o dólar cedeu 1,08 por cento, depois de ter subido 0,34 por cento e 2,14 por cento nas duas semanas anteriores, respectivamente.
Parte desse movimento foi ditada pelos investidores estrangeiros, que entre segunda e quinta-feira venderam na B3, em termos líquidos, o equivalente a 2,662 bilhões de dólares na forma de contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial.
"Neste momento, primordialmente, foi considerado politicamente promissor o Presidente da República, Jair Bolsonaro, ter recebido líderes partidários, com declarações de posicionamentos de possíveis apoios de partidos políticos em favor da reforma", disse a BB Investimentos em nota a clientes.
Reunidos nesta sexta-feira em evento em Campos do Jordão (SP), os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defenderam a necessidade de uma reforma da Previdência e de Bolsonaro tomar à frente no processo de comunicar a proposta e articular sua aprovação no Parlamento.