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Dólar sobe em 1ª sessão de setembro após marcar em agosto maior alta em 4 anos

2 set 2019 - 12h23
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O dólar começava setembro em alta ante o real, retomando o patamar de 4,15 reais, depois de no mês passado registrar a maior valorização mensal em quatro anos.

REUTERS/Marcos Brindicci
REUTERS/Marcos Brindicci
Foto: Reuters

Às 12:19, o dólar avançava 0,43%, a 4,1598 reais na venda.

Na B3, o dólar futuro para outubro tinha alta de 0,45%, a 4,166 reais.

O movimento local espelhava a força do dólar no exterior, com a moeda alcançando máximas em mais de dois anos frente a uma cesta de divisas, enquanto moedas consideradas termômetro de demanda por risco --como os dólares australiano-- em queda, ainda sob efeito de tensões do lado comercial.

Os Estados Unidos começaram a impor tarifas de 15% sobre uma variedade de produtos chineses no domingo --incluindo calçados, relógios inteligentes e TVs de tela plana--, enquanto a China começou a cobrar novas tarifas sobre o petróleo norte-americano.

No plano doméstico, os mercados avaliavam ainda a piora na avaliação do governo Bolsonaro, buscando indicações sobre como isso pode afetar a agenda de reformas. A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.

A combinação entre guerra comercial no exterior, fluxos de saída do mercado local e a crise na Argentina empurraram o real para baixo em agosto, com a divisa brasileira amargando o segundo pior desempenho numa lista de cerca de 30 pares do dólar --melhor apenas que o combalido peso argentino.

Em agosto, o dólar saltou 8,51% ante o real, maior alta mensal desde setembro de 2015 (9,33%).

"Os fatores que influenciam o real parecem menos atrativos agora do que há apenas um mês", disseram estrategistas do Goldman Sachs em nota a clientes.

Por isso, os profissionais elevaram as projeções para o dólar. Dentro de três meses, a expectativa agora é que a moeda fique em 4,05 reais (3,70 reais antes). Ao fim de seis meses o dólar deve estar em 3,95 reais, contra 3,65 reais da projeção anterior. Finalmente, ao término de 12 meses a moeda ficará em 3,85 reais, frente a 3,60 da estimativa anterior.

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira 450 milhões de dólares em moeda à vista em operação simultânea com a colocação de 9 mil contratos de swap cambial reverso.

Posteriormente, a autarquia vendeu todos os 2.600 contratos de swap cambial tradicional ofertados (diferença entre os 11.600 contratos de swap reverso disponibilizados e os 9 mil vendidos), a fim de completar a rolagem dos papéis para o vencimento.

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