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Dólar sobe e ronda R$3,77 com exterior e cena local

5 jun 2018 - 10h25
(atualizado às 19h26)
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O dólar operava em alta e rondava o patamar de 3,77 reais nesta terça-feira, influenciado pelo movimento da divisa norte-americana no exterior e pelo cenário político local, a poucos meses das eleições presidenciais.

Notas de real brasileiro e dólar dos Estados Unidos em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de real brasileiro e dólar dos Estados Unidos em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 10:21, o dólar avançava 0,65 por cento, a 3,7677 reais na venda, depois ir a 3,7786 reais na máxima do dia, maior nível intradia desde março de 2016. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,60 por cento.

"Extremos seguem fortes", trouxe a corretora Guide em relatório ao citar pesquisa de intenção de votos para a Presidência da República divulgada nesta manhã.

O levantamento do DataPoder360 mostrou que o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) estava na segunda posição, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), com Geraldo Alckmin (PSDB), visto pelo mercado como candidato com perfil reformista, sem decolar.

Além disso, a pesquisa mostrou o ex-prefeito de São Paulo João Doria, também do PSDB, como um dos possíveis candidatos, mas também sem força.

"A questão é que o candidato de esquerda tem se mostrado mais competitivo do que um candidato pró-mercado", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local.

Os investidores ainda continuavam cautelosos com os desdobramentos da greve dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento do país nas últimas semanas. O governo acabou cedendo na maioria das reivindicações da categoria para baixar os preços do diesel, gerando uma conta bilionária que impactará os cofres públicos, prejudicando o ajuste fiscal.

Agora, o governo trabalha para mudar a periodicidade dos reajustes de preços de gasolina sem mudar a política de preços da Petrobras.

No exterior, o dólar operava com leve alta ante uma cesta de moedas, mas exibia forte avanço ante divisas emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

Dados fortes de emprego dos Estados Unidos divulgados recentemente reavivaram as apostas de que o Federal Reserve, banco central do país, pode aumentar a taxa de juros mais três vezes este ano. As expectativas do mercado, por enquanto, são de mais dois aumentos até dezembro.

Juros elevados têm potencial para atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro.

O Banco Central brasileiro fez nesta sessão leilão de novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e vendeu a oferta integral de até 15 mil contratos, totalizando 2,25 bilhões de dólares neste mês.

O BC também realiza leilão de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho.

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