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Dólar sobe com exterior e persistentes ruídos locais

16 set 2021 - 17h56
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O dólar devolveu a queda da véspera e fechou em alta contra o real nesta quinta-feira, impulsionado sobretudo pelo rali global da moeda norte-americana, após dados melhores nos EUA aumentarem dúvidas sobre o momento de redução de estímulos pelo banco central norte-americano.

Homem acena com nota de dólar na mão em bar em Miami Beach, Flórida, EUA
06/03/2021
REUTERS/Marco Bello
Homem acena com nota de dólar na mão em bar em Miami Beach, Flórida, EUA 06/03/2021 REUTERS/Marco Bello
Foto: Reuters

O noticiário do mercado doméstico também colaborou para manter um clima de conservadorismo, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltando a falar sobre a política de preços da Petrobras e o nó em torno dos precatórios parecendo mais difícil de ser desatado.

Mas a curva da taxa de câmbio aqui acompanhou de forma quase colada a do dólar no exterior. A moeda norte-americana subia ante 31 de 33 pares de uma lista, reflexo da percepção de investidores de que a possibilidade de anúncio de corte de estímulos pelos EUA não parece esvaziada.

Isso porque dados de varejo norte-americano divulgados mais cedo deixaram para trás estimativas de queda ao mostrarem alta em agosto. Números mais fortes podem servir de base para o Fed avaliar que o apoio monetário não é mais necessário --o que, na prática, se traduziria em menor oferta de dólar, movimento que tende a exercer pressão de alta na moeda.

Analistas do banco norte-americano Wells Fargo, porém, ainda se mostram cautelosos sobre interpretar o relatório como evidência de nova alta duradoura nos gastos dos consumidores --que poderia reforçar tendências ascendentes para a inflação, fator que poderia levar o Fed a antecipar o corte de estímulo.

O BC dos EUA se reúne na semana que vem nos mesmos dias em que aqui o Copom também se encontra para decidir os rumos da taxa Selic. Fala recente do presidente do BC, Roberto Campos Neto --interpretada pelo mercado como indicação de alta menor dos juros--, fez preço no câmbio e puxou o dólar para cima.

No fechamento, o dólar à vista subiu 0,54%, a 5,2654 reais.

Na máxima, alcançada à tarde, a cotação bateu 5,2806 reais (+0,83%), mas ainda pela manhã a moeda havia alcançado um patamar próximo, de 5,2800 reais.

Na mínima, atingida ainda no começo dos negócios, a divisa recuou 0,10%, a 5,232 reais.

Lá fora, o índice do dólar saltava 0,4%, maior alta em quase um mês, que o levava ao maior patamar em quase três semanas.

Na quarta, o dólar no Brasil havia cedido 0,42%, a 5,237 reais.

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