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Dólar sobe após PIB dos EUA e com reforma da Previdência no radar

26 abr 2019 - 10h20
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O dólar renovou máxima no mercado doméstico nesta sexta-feira, 26, reagindo ao crescimento anualizado de 3,2% do PIB dos EUA no primeiro trimestre, acima da previsão de +2,2% para a primeira leitura do dado. Nas máximas, o dólar à vista atingiu, pouco depois das 9h30, R$ 3,9759 (+0,52%) e o dólar futuro de maio, R$ 3,9765 (+0,62%)

O dólar já operava em alta moderada antes da divulgação da leitura do PIB dos EUA do primeiro trimestre. Internamente, a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento realizado pela B3 e a Eurasia Group, em São Paulo, ficará no radar nesta manhã.

Pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast com 50 instituições financeiras apontava para uma aceleração no crescimento da economia dos EUA em relação a igual período de 2018. As apostas variavam entre 1,0% e 2,9%, com mediana de 2,2%, em base anualizada.

Economistas de instituições financeiras americanas avaliam que o Federal Reserve tende a reconhecer o crescimento econômico mais forte no país, mas deverá manter a taxa básica de juros inalterada na reunião de política monetária da próxima semana.

Na quinta-feira, 25, após a rápida instalação da Comissão Especial da reforma da Previdência, a escolha do relator e presidente do colegiado e a divulgação dos dados que embasam a proposta do governo, o dólar perdeu força e terminou em queda de 0,78%, a R$ 3,9554, após ter iniciado a sessão acima dos R$ 4,000 e tocado em máxima a R$ 4,006, pressionado pelo exterior.

Ficou acertado ainda que a primeira reunião para debater a PEC da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara será no dia 7 de maio.

A reforma da Previdência segue no foco. Nesta sexta, o presidente da comissão especial na Câmara que trata do tema, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), disse que terá na terça-feira, dia 30, reunião com líderes partidários e que "nosso esforço é votar a reforma o mais rápido possível". Ele disse ainda que a reforma da Previdência dos Estados tem que ser feita pelas próprias Unidades da Federação e que é favorável ao projeto, mas "com alguns ajustes".

O governo, segundo apurou o Broadcast, , sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, estaria preocupado com o tamanho da desidratação da reforma na comissão especial. Alguns pontos da proposta enviada pelo Planalto já são consideradas cartas fora do baralho, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural, mas o governo prevê que esses são os menores dos problemas e que as modificações podem ser muito mais expressivas.

Na avaliação do Planalto e de seus aliados dentro do Congresso, pontos importantes como o regime de capitalização, tempo de contribuição, idade mínima e aposentadoria de professores, policiais e servidores públicos poderão ser alterados dentro da Comissão ou depois, pelo plenário.

Estadão
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