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Dólar sobe ante rivais e emergentes com avanço de pandemia e busca por liquidez

30 mar 2020 - 17h41
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Depois de ter registrado perdas na semana passada devido a injeções de liquidez do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o dólar subiu ante moedas fortes e emergentes nesta segunda-feira, 30, em meio ao avanço da pandemia de coronavírus. Para analistas, porém, dados econômicos dos Estados Unidos podem limitar os ganhos da moeda americana.

No fim da tarde em Nova York, o dólar tinha leve queda a 107,85 ienes, quase estável, o euro caía a US$ 1,1047 e a libra recuava a US$ 1,2410. O índice DXY, que mede a variação dólar em relação a outras moedas principais, registrou alta de 0,83%, a 99,181 pontos.

"Os ganhos amplos desta segunda-feira ajudaram o dólar a se recuperar das baixas" recentes, comenta o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Para ele, no entanto, a "montanha-russa" do dólar, ou seja, a instabilidade, deve continuar "por um tempo" e refletir o nível de otimismo dos investidores.

O especialista do banco americano ressalta que a volatilidade de aumentar, também, com a divulgação do relatório de empregos (payroll) dos EUA na sexta-feira. Ele lembra que, na semana passada, sinais de alta no desemprego dos EUA já afetaram o humor do mercado.

Na visão do analista Boris Schlossberg, do BK Asset Management, o fato de o presidente Donald Trump ter prorrogado até 30 de abril o isolamento social nos EUA pode acalmar o mercado em relação à economia americana. "A quarentena da covid-19 poderia ter um cronograma claro e definível, em vez de estar sujeito a ondas de infecção que poderiam paralisar a economia dos EUA por meses", ressalta.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 24,1462 pesos mexicanos, a 17,9318 rands sul-africanos e a 79,467 rublos russos, no fim da tarde em Nova York. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), as moedas emergentes se desvalorizaram entre 5% e 25% no início deste ano, a um ritmo mais acelerado do que no começo da crise financeira global de 2008.

Estadão
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