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Dólar sobe ante rivais com dados dos EUA acima do esperado

31 jul 2018 - 19h44
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O dólar apresentou ganhos em relação a moedas principais e de países emergentes nesta terça-feira, 31, reagindo positivamente a indicadores sobre a atividade econômica e a uma possível retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, o iene foi penalizado após a reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que informou que pretende manter os juros em um nível baixo por um período prolongado de tempo.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 111,79 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1697 e a libra cedia para US$ 1,3129. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em alta de 0,18%, para 94,493 pontos.

Na madrugada desta terça-feira, o BoJ manteve a taxa de depósito inalterada em -0,1%, como amplamente esperado pelos agentes do mercado, mas deixou inalterada a meta para o rendimento do bônus do governo japonês (JGB, na sigla em inglês) de dez anos em torno de zero, embora o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, tenha anunciado que os retornos dos títulos poderão avançar até 0,2%.

A flexibilização na meta para o yield era aguardada pelos mercados. No entanto, a introdução do forward guidance no comunicado surpreendeu os agentes. Na orientação futura, o banco central japonês apontou que pretende "manter o atual nível extremamente baixo das taxas de juros de curto e longo prazo por um período extenso de tempo", o que minou o ímpeto do iene em relação a outras divisas fortes, como o dólar e o euro.

O dólar, por sua vez, foi favorecido por indicadores acima do esperado da economia americana. A inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) mostrou avanço de 2,2% na comparação anual de junho, enquanto o núcleo do indicador veio em linha com o esperado ao mostrar alta de 1,9%. No campo da atividade, o índice de atividade industrial de Chicago subiu de 64,1 em junho para 65,5 em julho, também contrariando previsão de queda para 57,3. Já o índice de confiança do consumidor elaborado pelo Conference Board contrariou as previsões de queda ao subir para 127,4 em julho.

"A avaliação dos consumidores sobre as condições atuais melhorou, sugerindo que o crescimento econômico ainda é forte", disse o diretor de indicadores econômicos do Conference Board, Lynn Franco. Não por acaso, a ferramenta da distrital de Atlanta do Fed prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA apresentará expansão anualizada de 4,7% no terceiro trimestre. O Goldman Sachs, por sua vez, aposta em um crescimento um pouco mais modesto, de 3,4%.

Estadão
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