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Dólar sobe ante real de olho em cenário político local e após alívio em tensões comerciais

13 nov 2018 - 10h16
(atualizado às 12h01)
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O dólar firmou alta ante o real nesta terça-feira, com os investidores atentos ao noticiário político doméstico, após indicações do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre inviabilidade de votação da reforma da Previdência neste ano, em dia de alívio nas tensões comerciais no mercado externo com a divulgação de conversas entre Estados Unidos e China.

Imagem ilustrativa de notas de dólar e real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Imagem ilustrativa de notas de dólar e real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 11:57, o dólar avançava 0,70 por cento, a 3,7831 reais na venda. Na mínima, marcou 3,7542 reais e, na máxima, 3,7826 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,27 por cento.

"Por mais que o mercado precificasse que a reforma da Previdência não sairia este ano, havia alguma expectativa e, com ela caminhando para a não votação, gera algum desconforto", explicou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Syper.

Na véspera, Bolsonaro reconheceu que dificilmente a reforma da Previdência será aprovada neste ano.

Os investidores ainda seguiam atentos às indicações de nomes para a formação do futuro governo, com especial atenção sobre o comando do Banco Central.

Nesta manhã, Bolsonaro anunciou a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva, atual assessor especial do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para o cargo de ministro da Defesa.

Mais cedo, o cenário externo predominou sobre os negócios, com o sinal de baixa do dólar ante outras divisas também ecoando sobre o real, em dia de maior otimismo sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China.

Na sexta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, retomou as discussões com o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, com os dois conversando por telefone, informou o jornal Wall Street Journal na segunda-feira citando fontes.

Além disso, o South China Morning Post informou que o principal negociador comercial da China, Liu He, pode visitar Washington para se preparar para as conversas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 na Argentina neste mês.

"Com essa possível visita ainda em aberto, e tendo como pano de fundo um petróleo em baixa considerável nos últimos dias, cautela com Brexit e Itália, além dos EUA firmes no processo de aperto monetário, parece difícil uma recuperação expressiva do bom humor no dia de hoje", ponderou, entretanto, a H.Commcor Corretora em relatório.

"(O bom humor) parece só ter motivos para ocorrer em caso de sinalizações de eventual acordo comercial entre EUA e China ou alguma surpresa bastante animadora em termos de Brexit e/ou Itália", acrescentou.

O dólar operava com leve baixa ante a cesta de moedas, em dia de recuperação do euro nesta terça-feira que marca o prazo final dado pela Comissão Europeia para a Itália ajustar seu orçamento.

O dólar também caía ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o rublo.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,44 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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