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Dólar sobe ante real com ajuste e liquidez menor; exterior permanece no foco

19 nov 2018 - 10h21
(atualizado às 12h03)
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O dólar avançava ante o real nesta segunda-feira, com pequena correção ao recuo recente em dia de menor liquidez em véspera de feriado doméstico, com os investidores de olho no mercado externo.

Imagem ilustrativa de notas de dólar e de real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Imagem ilustrativa de notas de dólar e de real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 11:59, o dólar avançava 0,33 por cento, a 3,7522 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 1,12 por cento, a 3,7399 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,20 por cento.

"É normal depois do recuo recente haver alguma acomodação", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, referindo-se às perdas da moeda nos dois últimos pregões.

Apesar disso, segue o viés de baixa para o dólar em meio ao ambiente externo mais favorável à busca pelo risco após declarações consideradas "dovish" de representantes do banco central norte-americano, e também com a escolha de opções que agradam ao mercado para a formação da equipe do governo eleito Jair Bolsonaro.

O dólar operava com leve baixa ante a cesta de moedas e também ante boa parte das divisas de países emergentes, como a lira turca, depois que o recém-nomeado vice-chairman do Fed, Richard Clarida, alertou sobre uma desaceleração no crescimento global, dizendo que "isso é algo que será relevante" para as perspectivas para a economia dos EUA.

Além disso, o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, em entrevista separada à Fox Business, também disse que está vendo uma desaceleração do crescimento na Europa e na China.

Por outro lado, as relações entre China e EUA seguem instáveis, depois que as divergências entre ambos impediram que líderes da região Ásia-Pacífico chegassem a um acordo em um encontro em Papua Nova Guiné no domingo pela primeira vez em sua história.

Internamente, a assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o economista Roberto Castello Branco aceitou convite para comandar a Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, somando-se ao nome de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central.

"A escolha de Roberto Castello Branco é música para ouvido do mercado. O governo está formando um 'dream team', a nova equipe é bem animadora", disse Alessie Machado, lembrando entretanto que é preciso ver os efeitos práticos no ajuste fiscal.

Na terça-feira, o feriado do Dia da Consciência Negra fecha a B3, enquanto na quinta-feira os mercados norte-americanos não abrem devido ao dia de Ação de Graças --o que promete deixar a semana com liquidez curta.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 7,480 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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