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Dólar sobe e atinge maior patamar desde final de 2016

23 abr 2018 - 17h08
(atualizado em 27/4/2018 às 11h09)
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Notas de dólar 
13/02/2018
REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Notas de dólar 13/02/2018 REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Foto: Reuters

O dólar fechou a segunda-feira em alta de mais de 1% e foi ao patamar de R$ 3,45, maior nível em quase um ano e meio, seguindo o movimento dos mercados externos em meio a temores de que a pressão inflacionária leve o banco central dos Estados Unidos a ser mais firme no aperto monetário.

O dólar avançou 1,20%, a R$ 3,4528 na venda, depois de tocar a máxima de R$ 3,4538 no dia e no maior patamar de fechamento desde 2 de dezembro de 2016 (R$ 3,4726). O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,1 % no final da tarde.

"O Treasury de 10 anos testou novamente os picos deste ciclo econômico... geralmente, as rodadas de abertura (alta das taxas) dos Treasuries afetam o humor global a risco, o que está dando suporte ao dólar no mundo", disse o gestor e sócio da gestora Flag Dan Kawa.

Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos dos EUA foram a quase 3% nesta sessão, em meio a preocupações com a crescente oferta de dívida pública do país e a aceleração da inflação. Com isso, o dólar chegou a atingir a máxima em sete semanas ante umaa cesta de moedas.

Esse cenário aumentava o temor de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais do que o esperado. Taxas elevadas na maior economia do mundo tendem a atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

"E isso levaria a menos liquidez no mercado, o que puxa o dólar", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local.

O dólar também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Como pano de fundo, os investidores seguiram acompanhando o noticiário político interno, a poucos meses das eleições presidenciais de outubro.

O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,87 bilhão do total de US$ 2,565 bilhões que vence em maio.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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